Manaus, 21 de maio de 2024
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Manaus, 21 de maio de 2024

Cidades

Para não sair do rio Madeira, garimpeiros ameaçam receber polícia a tiros

Em vídeos divulgados na internet, garimpeiros combinaram de montar vigilância para não serem surpreendidos pelas polícias

Para não sair do rio Madeira, garimpeiros ameaçam receber polícia a tiros

Foto: Bruno Kelly/Greenpeace

MANAUS, AM – Garimpeiros estacionados no leito do rio Madeira, na altura de Autazes (AM), insistem em não querer sair do local onde estão. Em vídeos e mensagens divulgadas em aplicativos de mensagens, o grupo ameaça até entrar em confronto com as forças de segurança do Amazonas.

Segundo as informações, os garimpeiros estão trocando mensagens combinando um “esquema de vigilância” para que não sejam surpreendidos pelas autoridades. Ainda segundo os garimpeiros, quem tentar tirá-los do local vai ser recebido a tiros.

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Ainda em vídeos e fotos divulgados nas redes sociais, é possível ver o grande movimento de ouro e dinheiro que circula na região. Fotos de fragmentos de ouro aparecem sendo pesados em balanças de precisão, além de grandes quantias de dinheiro para os garimpeiros.

A ação da retirada de ouro e da divulgação das fotos acaba atraindo mais garimpeiros ilegais para o local. A invasão começou no início de novembro, e os garimpeiros estão atracados na comunidade do Rosarinho, em Autazes. Segundo o Greenpeace, os garimpeiros estão vindo principalmente da região sul do Amazonas, como o município de Humaitá.

Operação

A Polícia Federal tem organizado uma operação para remover as mais de 300 dragas que estão no leito do rio, de forma ilegal. Na última quinta-feira (25), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse que a Marinha será fundamental na missão.

Já na última quarta-feira (24), o Ministério Público Federal expediu recomendações para diversos órgãos efetuarem ações emergenciais com o intuito de retirar os garimpeiros do local. As recomendações são destinadas à Polícia Federal no Amazonas, Exército e Marinha, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Nacional de Mineração (ANM).

“A atuação coordenada entre todos esses atores propiciaria uma resposta rápida e eficiente à atividade ilegal em curso no município de Autazes/AM, com papel de destaque e de coordenação a ser exercido pelos órgãos ambientais, detentores de especial expertise no enfrentamento a ilícitos ambientais na Amazônia”, diz trecho da recomendação.

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