
(Foto: Reprodução/Freepik)
Brasília (DF) – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou nesta segunda-feira (13) uma lei que proíbe o uso de celulares nas salas de aula. A medida que busca reduzir o excesso de uso de telas por crianças e adolescentes no ambiente escolar melhora a qualidade da educação nas redes públicas e privadas.
Segundo Lula, a lei é “um grande gesto de dignidade para o futuro do país”. Ele enfatizou a importância de priorizar o aprendizado em sala de aula:
“A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado pelo algoritmo. Depois que ele [o aluno] sair da sala de aula e chegar na casa dele, que a mãe dele faça o que ela quiser. Nós não vamos proibir, não estamos interferindo, apenas estamos educando que tem lugar que é permitido e lugar que não é permitido E na sala de aula, se a gente quiser formar corretamente a juventude brasileira, ele vai ter que ir lá para estudar”, afirmou o presidente.
O ministro da Educação, Camilo Santana, apresentou dados preocupantes sobre o uso excessivo de celulares. Ele fez questão do termo “brain rot” (empobrecimento do cérebro) e destacou que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de tempo de uso de celulares, atrás apenas da África do Sul.
Segundo o ministro, as crianças são as que mais utilizam celulares e têm acesso precoce às telas, prejudicando o aprendizado. Um levantamento do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes apontou que 80% dos estudantes se distraem com as telas e têm dificuldades de concentração na sala de aula.
“Nós queremos que essa tecnologia, que essa ferramenta seja utilizada de forma adequada, e, principalmente, nas fases importantes da vida das crianças e dos adolescentes. Hoje, nós estamos sancionando a lei que restringe o uso do celular em sala de aula para uso pessoal. Nós queremos que o uso desse aparelho seja para fins pedagógicos e sob orientação do professor. E nós também estamos proibindo durante os intervalos na escola para estimular a interação dos alunos”, argumentou.
Para Renan Ferreirinha, secretário municipal do Rio de Janeiro, que implantou nas escolas da rede pública e particular o experimento, a lei se tornou necessária aos estudantes a partir do momento em que as telas atrapalhavam o desempenho dos alunos.
“Hoje, o que nós temos aqui é uma das principais vitórias do século XXI para a educação brasileira. Porque não dá para um aluno estar na sala de aula com o Tik Tok, na rede social, enquanto o professor está dando aula. Toda vez que ele recebe uma notificação é como se ele saísse da sala de aula”, argumentou.
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