No quarto caso de morte entre os índios venezuelanos refugiados em Manaus, uma idosa de 64 anos morreu na madrugada deste domingo (4), em um prédio improvisado de abrigo, no centro da cidade. A causa foi registrada como mal súbito.
Além da idosa, identificada como Juana Garcia, dois bebês, vítimas de catapora e pneumonia, e um homem de 36 anos morreram na capital amazonense, de causa não divulgada. Desses, três estavam morando na região central.
Todos são da etnia warao, que começou a chegar a Boa Vista (RR) e depois a Manaus desde o ano passado fugindo da crise venezuelana. Eles afirmam que o problema principal em sua região, a cerca de 1.800 km de Manaus, tem sido a falta de comida.
A população warao em Manaus não para de crescer, segundo acompanhamento da Secretaria de Justiça do Amazonas. Atualmente, há cerca de 530 pessoas, contra 450 registradas há cerca de um mês. Apenas no último sábado (3), desembarcaram 14 pessoas.
Os waraos estão divididos em dois grupos. O mais visível, de cerca de 278 pessoas, estava acampado sob um viaduto ao lado da rodoviária. Na quarta-feira (1º), eles foram levados a um prédio adaptado pelo governo estadual, com capacidade para abrigar 300 pessoas.
Nesta terça (6), a Secretaria de Justiça fará um recenseamento dos waraos abrigados em cinco prédios no centro, mas ainda não há prazo para a realocação.
“Começamos pelo grupo da rodoviária porque estavam mais vulneráveis e expostos”, disse à Folha a secretária de Justiça do Amazonas, Graça Prola.
Fonte: Correio do Estado
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