Professores que trabalham em carga horária dobrada formaram uma comissão e, junto ao Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas do Ensino Básico em Manaus (Asprom), apresentarão uma denúncia ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM) contra a Semed, cobrando três meses de carga dobrada atrasados.
Uma comissão que representa aproximadamente 2 mil professores da rede municipal, contratados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), decidiu levar até o MP a denúncia. Mesmo durante a pandemia, os profissionais de educação continuaram a exercer atividades de maneira remota e, ainda, em carga dobrada.
Segundo a Asprom, a Semed alega que, por conta de um decreto da prefeitura, para determinação de contenção de gastos durante a pandemia, o pagamento desses meses de horas dobradas foi dificultado, tendo em vista a arrecadação.
O Sindicato de Professores e Pedagogos declara, ainda, que a prefeitura alega que irá realizar o pagamento desses meses de maneira parcelada – o que para os professores – é inadmissível, visto que os gastos que os profissionais estão tendo com pacotes de internet e equipamentos para realizarem aulas de maneira remota.
“Eles passam que vão regularizar a situação. Mas nunca cumprem o que prometem. E enquanto isso, os professores já estão passando fome”, disse Lambert Melo, representante da Asprom.
A Prefeitura
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed-Manaus) informou que pagou mais de 1,9 mil cargas dobradas e as que ficaram pendentes serão efetuadas em uma folha especial, no dia 20 de julho.
A secretaria informa, ainda, que apesar dos reflexos econômicos da pandemia do novo coronavírus e que impactaram em forte queda na arrecadação municipal, segue honrando com os salários dos mais de 15 mil servidores da Semed-Manaus, como sempre foi prioridade da atual gestão ao longo dos últimos sete anos, inclusive com antecipação de 13° e ações de valorização ao educador.
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