Prefeito deu prazo de 90 dias para empresas se adequarem à bilhetagem eletrônica (Foto: Márcio Silva/Amazonas1)
O prefeito Arthur Neto (PSDB) assinou novo decreto, de nº4.649/19, em que dá prazo de três meses, até fevereiro de 2020, para que as empresas de transporte coletivo se adequem à bilhetagem eletrônica e o pagamento da passagem de ônibus seja, exclusivamente, feito com o ‘smart card’. A medida, justificou, é para universalizar os bilhetes eletrônicos e equilibrar o sistema.
“Os donos das empresas de ônibus não estão preocupados com pneu careca, eles estão preocupados em comprar uma casa melhor, um carro melhor, é por isso que eu empaco com eles e não me dou bem. Mas essa decisão será para equilibrar o sistema, tanto financeiro como operacional”, declarou Arthur.
O novo decreto, publicado no Diário Oficial de Manaus (DOM), substitui o decreto anterior, de nº4.587/19, anunciado em setembro deste ano, em que dava um prazo de 60 dias para a nova implementação, encerrando no dia 19 de dezembro, mas por determinação do prefeito foi revogado.
“A gente sabe que o pior desempenho que eu tenho no governo é o transporte coletivo. Por conta das formas desonestas que esse assunto foi tratado ao longo dos tempos, mas eu estou atraindo rumos novos, trabalhando e eu espero encerar esse episódio do governo com o sistema, não ótimo, mas ajudando sem dar trabalho à mais a população”, informou.
De acordo com Arthur Neto, o decreto foi adiado antes que acabasse o prazo da intervenção financeira nos ônibus, medida que não pretende prolongar mais, com interesse de entregar o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), nas mãos de pessoas responsáveis, criticando a má gestão encontrada no órgão.
“Com a implementação unificada dos ‘smart card’, teremos um equilíbrio melhor direcionando a arrecadação para onde realmente ela precisa ir”, disse Arthur.
Segurança nos ônibus
Questionado sobre a segurança nos ônibus, o prefeito disse que está contribuindo de uma certa forma, retirando a circulação de dinheiro dos ônibus com essa medida.
“Isso vai contribuir com a queda dos índices em assaltos nos coletivos, acabando com a circulação de dinheiro que amedronta os cobradores, motoristas e passageiros. Por que o sistema de segurança, hoje, no Estado está entregue ao ‘Deus dará’ ninguém cuida da gente, infelizmente.”
Intervenção financeira
A intervenção financeira nos transportes coletivos de Manaus, decretada por Arthur, completou seus 90 dias no dia 13 de novembro e foi adiada até esta segunda-feira, 18, após autorização do conselheiro Josué Filho, relator do caso no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), para que os representantes da comissão pudessem se manifestar. Questionado se o resultado lhe satisfez o prefeito disse:
“Se nós tivéssemos os 100% seria outra coisa mas como nós tivemos só 60% da arrecadação da bilhetagem eletrônicas, já conseguimos acabar com os atrasos do salários, férias entre outra vantagens, por isso que eles tinham motivos em parar.”
“Estamos concentrando nossos focos em trazer ônibus novos para cidade e preparar para quem venha me suceder possa dar outros passos e melhorar ainda mais o que eu quero deixar é estável e com viés de alta”, finalizou Arthur.
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