Um dia depois de os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis apresentarem o relatório final, indicando a prática de cartel de preços pelos postos de combustíveis do Estado, o secretário interino da Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor e Ouvidoria (Semdec), Rodrigo Guedes, afirmou que a CPI foi um “verdadeiro grande teatro” e que o resultado terminou em “pizza”.
Guedes criticou o modo de trabalho da comissão que, sequer usou os poderes que tinha para aprofundar as investigações e não ouviram nenhum dono de posto a respeito do objeto da CPI. “Eu acompanhei a CPI e eles não foram atrás desse objetivo. Aquilo foi uma farsa”, disse o secretário.
Uma das críticas de Guedes é que a CPI não procurou, por exemplo, confrontar as informações coletadas com gerentes e ex-gerentes de postos de gasolina ouvidos na Operação Carvão de 2003 e que possuem informações sobre como funciona esse mercado dos combustíveis.
Além disso, o colegiado não usou o poder que tinha, por exemplo, para convocar autoridades para depoimentos ou relatos, a exemplo de ministros, secretários de estados, ouvir suspeitos, apreensão de documentos e etc. “Não sei o que fizeram em 120 dias de trabalho. Dava para ter ido a fundo, ter investigado mais”, lamentou.
Rodrigo Guedes disse que ficou frustrado com o resultado do relatório apresentado pela CPI e afirmou que a investigação não amedrontou os donos de postos e distribuidoras que, supostamente, praticam a combinação de preços no Estado. “Desse jeito, o Procon Manaus continuará a enxugar gelo”.
O Amazonas1 procurou a presidente da CPI, deputada Joana D’Arc (PL) para comentar as declarações do titular do Procon Manaus, mas ela não respondeu às mensagens enviadas por aplicativo de conversa.
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