Manaus, 24 de abril de 2024
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Manaus, 24 de abril de 2024

Cidades

Professor diz que nenhum aluno foi a sua aula de reposição, em Manaus

O professor de História iria ministrar sua aula de reposição, mas nenhum aluno compareceu a sala de aula

Professor diz que nenhum aluno foi a sua aula de reposição, em Manaus

O sonho de todo professor é ver o interesse em seus alunos em querer estudar, em querer o melhor para si, mesmo que com uma sala lotada. O sonho de todo o educador é ver seus alunos trilhando um futuro brilhante, alcançando o sucesso, seja pessoal ou profissional.

Mas, infelizmente, no último sábado, 22, de reposição de aulas devido a greve de professores que atingiu o Amazonas, um professor de Manaus se deparou com uma sala completamente vazia. O educador postou sobre o caso com uma foto em uma rede social, informando que nenhum aluno compareceu a sua aula.

Francisco N. Belo da Silva é professor de História da Escola Estadual Antônio Lucena Bittencourt, que fica na rua Adalberto Vale, bairro Betânia, Zona Sul de Manaus. No último sábado, 22, Francisco se preparava para ministrar sua aula, mas devido a falta dos alunos, a aula não aconteceu. Até o momento desta reportagem, a publicação já foi curtida por 9 mil pessoas e compartilhada mais de 6 mil vezes.

“Estou aqui na escola Antônio Lucena Bittencourt pra dar minha aula de História mas sala vazia”, postou o professor que teve o apoio de muitas pessoas que se manifestaram com tristeza e solidariedade ao professor.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) comunicou ao Amazonas1 que o compromisso do sindicato é com o cumprimento do calendário de reposição de aulas e com a educação e que não tem como prever que os alunos não compareçam às aulas. 

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“Os professores precisam cumprir o calendário de reposição para evitar que os alunos saiam prejudicados. Recebemos muitas denúncias de que gestores estão fazendo ajustes nas escolas, o que prejudica os alunos. Esse deve ser o principal motivo para as faltas nas aulas de reposição. Os ajustes vão no sentido de fazer 6° tempo ou liberar professores que não aderiram à greve de dar aula”, diz o Sinteam que completou que o 6° tempo era uma proposta do sindicato, mas não atinge os 200 dias letivos, como determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e foi rejeitada pelo Conselho Estadual de Educação do Amazonas (CEE-AM).

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), informou que houve aula normalmente, conforme previsto em calendário especial de reposição. Mas devido à baixa adesão de alunos na escola, em decorrência do feriado, os mesmos tiveram as turmas de cada ano unificadas, por isso não ocupando todas as salas da escola.

Veja a nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado de Educação informa que neste sábado (22) houve aula normalmente na Escola Estadual Antônio Lucena Bittencourt, conforme previsto em calendário especial de reposição. Devido à baixa adesão de alunos na escola, em decorrência do feriado, os mesmos tiveram as turmas de cada ano unificadas, por isso não ocupando todas as salas da escola. Informa, ainda, que o referido professor estava em horário de trabalho pedagógico, e informou à gestão que cumpriria o mesmo em uma das salas de aulas vazias, para corrigir avaliações e atividades das aulas por ele ministradas. A Seduc-AM reforça que tem cumprido seu papel na realização das aulas aos sábados, em conformidade com a proposta definida após a paralisação, em conjunto com o Sindicato de Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam) e a Associação de Professores e Mestres (Asprom) e aprovada pelo Conselho Estadual de Educação”.