O deputado Sinésio Campos apresentou à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) uma indicação ao Governo do Amazonas para aumentar o gradil da Ponte Phelippe Daou com o objetivo de evitar os constantes casos de suicídios que vêm ocorrendo com a utilização da ponte para os saltos da morte.
“Além de cartão postal de Manaus, a Ponte Phelippe Daou carrega outra marca nada agradável: é um dos um dos principais locais de suicídios na região metropolitana da capital amazonense. Em 2019 foram registradas mais de 66 ocorrências”, disse o deputado Sinésio Campos (PT), que também é autor da proposta.
O requerimento objetiva indicação ao Governo do Estado, para que sejam tomadas as providências necessárias para o aumento da altura do gradil de proteção da ponte jornalista Phelippe Daou (Rio Negro), que liga Manaus ao município de Iranduba (a 19 km da Capital em linha reta).
O parlamentar levou à ALEA-AM que a fim de interromper esse ciclo, um grupo de psiquiatras criou o projeto “Ponte Segura”, tendo como principal reivindicação a elevação do gradil da ponte para impedir o acesso de pessoas com ideação suicida.
De acordo com a médica psiquiatra Alessandra Pereira, coordenadora do ‘Projeto Ponte Segura’, que defende a elevação do gradil de proteção da ponte Jornalista Phelippe Daou (ponte Rio Negro), a iniciativa tem como objetivo reduzir as inúmeras tentativas e ocorrências de suicídios no local. Os dados apontam que a cada quatro dias são registradas ocorrências entre tentativas e suicídios em Manaus.
“Entendo que a mudança não vai causar danos estruturais nem afetar o projeto arquitetônico da ponte. Essa é uma questão de saúde pública e social que precisamos dar prioridade para mudar esse cenário de morte. A ponte não pode mais ser um instrumento para a retirada da própria vida. É de suma importância elevar o gradil como foi feito em outras cidades do país. Atualmente, qualquer pessoa pode subir na grade e se jogar lá de cima”. diz o parlamentar
Em todo mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram de depressão e, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio já contabiliza mais de 800 mil vítimas, sendo a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos. “Diante desse quadro, é um dever dos governantes providenciarem mecanismos para evitar a ação extremada das pessoas que sofrem de transtornos e problemas neurológicos. Essa é uma questão de saúde pública”.
*Com informações da assessoria
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.