Manaus, 7 de maio de 2024
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Manaus, 7 de maio de 2024

Cenário

Marcelo Ramos diz que ‘bateu o desespero’ em Bolsonaro após aumento da rejeição

Deputado afirma que a "ofensiva" do presidente às instituições é prova do seu desespero

Marcelo Ramos diz que ‘bateu o desespero’ em Bolsonaro após aumento da rejeição

MANAUS – Crítico do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcelo Ramos (PSD), afirmou em suas redes sociais que a “ofensiva” do presidente às instituições é um ato de “desespero”.

O deputado federal usou os números da pesquisa Ipespe para defender seu argumento. Segundo ele, os dados “renovam o entusiasmo do bolsonarismo com a tendência de crescimento”, mas a análise do conjunto da pesquisa mostra que “Bolsonaro está próximo do seu teto e que nos próximos dias o entusiasmo virará desespero”.

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Conforme publicação no site de Ramos, a pesquisa em questão mostra que Lula se manteve no patamar de 44% das intenções de voto, e na simulação de segundo turno são 20 pontos percentuais de diferença entre Lula e Bolsonaro. Os dados apontam ainda uma rejeição de 61% ao presidente. Esse percentual está acima de 60%, desde julho de 2021.

Conflitos

Desde o início de seu governo, o Bolsonaro trava uma batalha com os poderes, principalmente com o Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a pandemia, o presidente fez diversas declarações contra determinações da instituição.

A principal delas veio quando a Corte decidiu em 2020 que governadores e prefeitos tinham autonomia para implementar políticas de enfrentamento à crise sanitária. O presidente chegou a dizer que ficou impossibilitado de agir para controlar a pandemia e, ao conversar com apoiadores, afirmou que “se estivesse coordenando a pandemia não teria morrido tanta gente”. 

Recentemente, o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira — condenado à prisão pelo STF —, além de deflagrar uma ampla discussão jurídica sobre sua constitucionalidade, causou ainda mais tensão entre os Poderes e elevou a temperatura política.

Com o vice-presidente da Câmara dos deputados, Bolsonaro também têm uma rusga antiga, mas no ano passado a diferença entre os políticos atenuou com a filiação do presidente ao até então partido de Marcelo Ramos, o PL. O deputado se desfiliou da sigla por esse motivo.