Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Brasília – A forma como o Ministério da Economia vem ditando medidas sobre as políticas de importação e exportação no país, durante a pandemia de covid-19, foi critica pelo vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), durante a sessão legislativa virtual desta quinta-feira (25).
Para o político, é contraditório que o mesmo Ministério da Economia que reduz em 10% a alíquota de imposto de importação de máquinas, equipamentos e eletroeletrônicos, “corte do orçamento R$ 500 milhões dos programas de estimulo em exportação no país”.
“O que nós queremos ao final disto tudo? O caminho que o Ministério da Economia aponta para esta questão, é o caminho de transformar o país em um grande exportador. Mas exportador de tributos, que incidem sob as nossas exportações, exportador de empregos, transferindo empregos das indústrias de máquinas, equipamentos e eletroeletrônicos do Brasil para a China, para Malásia, para o Vietnã. A quem interessa isto em um país com 14 milhões de desempregados?”, afirmou.
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O vice-presidente da Câmara, também destaca que o aumento do custo da produção nacional, em paralelo com a redução no custo da importação, causará prejuízos para as indústrias do país.
“Vamos causar a maior quebradeira e o maior desmonte do parque industrial nacional da história deste país, se não mudarmos radicalmente a postura do ME de ataque frontal à indústria nacional”, criticou Marcelo Ramos.
A solução, de acordo com o deputado, seria a política de redução de imposto de importação, estar acompanhada a uma política de estimulo de exportação e ao mecanismo de redução de Custo Brasil.
“É verdade que o ministro Paulo Guedes disse que ia reduzir o imposto de importação, mas ele também prometeu reduzir o Custo Brasil e até agora não deu nenhum passo neste sentido”, citou o deputado.
Menos recursos para saúde
Ainda em tom crítico, Marcelo Ramos também questionou ser “inusitado e tão questionável, que os recursos para o investimento do Ministério da Defesa, sejam mais que quatro vezes maiores, que os recursos para investimentos na área da saúde”, em um país que sofre com a perda de mais de 300 pessoas para uma pandemia.
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