O Ibama atualizou para 150 o número de praias onde foram encontradas manchas de óleo no litoral nordestino. Ainda não se sabe a origem do petróleo. A principal suspeita é que o óleo venha de navios que passaram pela costa brasileira.
A investigação da origem das manchas é conduzida pela Marinha que, em nota, disse que vai notificar 30 navios-tanque de 10 diferentes nacionalidades para prestarem esclarecimentos. A Marinha informou que fez uma triagem com as informações do tráfego mercante na região.
Ao analisar 27 amostras de resíduos do petróleo, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia concluíram que o material tem forte correlação com o produto extraído na Venezuela. Ainda segundo os pesquisadores, as amostras não tem relação com o petróleo produzido no Brasil.
Depois que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmar que um estudo da Petrobras aponta para a origem venezuelana do material, o governo da Venezuela emitiu nota em que nega relação com a poluição e diz não haver evidências de derramamentos nos campos do país, além de não ter recebido nenhum aviso de clientes ou subsidiárias sobre vazamentos.
O especialista em Direito Ambiental e professor de pós-graduação Rodrigo Jorge Moraes levanta três hipóteses para o caso com base nas características do produto encontrado.
“Naufrágio: não acredito. Segunda hipótese: acidente na passagem de um navio para outro. É possível? É, mas eu particularmente acho pouco provável. E a terceira opção que as autoridades têm levantado é o despejo desse produto de uma forma irregular, que aí, sim, configuraria crime de poluição. Então me parece que esse produto é algo existente nos porões das embarcações e que foi intencionalmente despejado para limpeza dos cargueiros”.
E é por agora que começa a alta temporada nas praias do Nordeste com a redução das chuvas, mas o derramamento de óleo pode trazer impactos no turismo da região. O militar da reserva Círio Janner vai viajar para Pernambuco e Sergipe com a esposa daqui a uma semana.
“Devem ter lugares que a mancha não está afetando. As partes que der para ir… onde não der a gente não vai. Estamos com tudo programado, não dá para adiar a viagem”.
Enquanto isso, em Sergipe, as Centrais Elétricas do estado instalaram 200 metros de barreiras no Rio Sergipe para evitar a contaminação dos mananciais. Em Alagoas, os órgãos ambientais do estado monitoram a foz do Rio São Francisco para identificar caso o óleo contamine o rio.
(*) Com informações da Agência Brasil
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.