'Me soa um pouco eleitoreiro', diz Alfaia sobre concurso da CMM

(Foto: Celso Maia/ Portal AM1)

Manaus (AM) – O vereador Eduardo Alfaia (Avante) expressou preocupação em relação ao concurso da Câmara Municipal de Manaus (CMM), suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) devido a possíveis irregularidades. Alfaia, que é líder do prefeito na CMM, ressaltou, nesta terça-feira (3), que a realização do concurso em ano eleitoral “soa um pouco eleitoreira”.

Alfaia concordou com a decisão do TCE-AM de suspender o concurso para serem feitas as correções necessárias, destacando a falta de qualificação da banca organizadora.

“Bom que o Tribunal de Contas tenha agido com controle, suspendendo o concurso para se fazer as correções necessárias. A banca é desconhecida, e não a vejo qualificada para realizar um concurso de um órgão como a Câmara Municipal da maior capital do Norte. Enxergo com muita temeridade esse concurso, inclusive pelo período que estamos vivendo”, frisou o vereador.

O parlamentar destacou ainda que a Câmara Municipal tem realizado um excelente trabalho com o quadro atual de funcionários e que a necessidade de um novo concurso não é urgente.

“Me soa um pouco eleitoreiro. Entendo que a Câmara tem alguma deficiência funcional, mas não é uma deficiência que tenha prejudicado os trabalhos da Casa. A Câmara tem servidores públicos concursados, muito eficientes, e um quadro técnico excepcional. Acabaram de ser chamados novos servidores do último concurso, então já houve um reforço. A Câmara, que ano passado teve dificuldades para fechar as contas, quer fazer um concurso público agora. Isso me preocupa um pouco como membro do parlamento”, finalizou Alfaia.

TCE suspende concurso da CMM

O concurso da Câmara Municipal de Manaus (CMM), previsto para este ano, foi suspenso, nessa segunda-feira (2/9), por decisão do conselheiro Mário José de Moraes Costa Filho, do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM). A decisão foi publicada no Diário Oficial da Corte de Contas e se deu após uma representação apresentada pela Secretaria Geral de Controle Externo (Secex), que apontou possíveis irregularidades na condução dos concursos públicos n.º 001/2024 e n° 002/2024.

Conforme o argumento da Secex, não há clareza ou transparência suficiente sobre “se todos os candidatos aprovados no concurso de 2003 foram efetivamente convocados.” Para a secretaria, existe irregularidade nesse processo e a possibilidade de que candidatos aprovados no concurso anterior não tenham sido chamados, com isso, um novo concurso vai afetar os aprovados que aguardam pelo chamamento.

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