(Foto: Márcio Silva/ Portal AM1)
MANAUS, AM – O Serviço de Assistência aos Servidores Públicos do Município de Manaus (ManausMed) continua causando “dor de cabeça” para muitos segurados. Segundo os trabalhadores, a ManausMed ainda não apresentou melhorias significativas na gestão de David Almeida, mesmo tendo sido uma das promessas de campanha do prefeito.
Restruturação da ManausMed foi promessa de campanha de David Almeida (Foto: Reprodução/ Facebook)
As principais reclamações de quem depende do serviço são a demora para conseguir atendimento e a falta de assistência de urgência e emergência adulto e pediátrica. Além disso, os cerca de 46 mil segurados não puderam contar com a ManausMed durante o período mais crítico da pandemia, quando o serviço ficou suspenso por 10 meses. A ManausMed foi entregue sucateada, pelo ex-prefeito Arthur Neto, à atual gestão.
Para a presidente da Associação dos Servidores Efetivos do Município de Manaus (Asemm), Dinah Teixeira, a cobrança no salário dos servidores em troca do serviço de baixa qualidade é o que causa mais insatisfação.
“O que nós escutamos é uma reclamação generalizada. Porque os servidores têm um desconto mensal e contínuo, mas, quando procuram, não têm um serviço de qualidade à disposição, principalmente urgência e emergência; isso causa muita revolta!”, afirmou.
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Dinah também afirma que muitas vezes os servidores públicos municipais acabam pagando duas vezes por assistência médica, já que mesmo com um desconto mensal de 3% na remuneração, eles não conseguem atendimento nos hospitais e clínicas vinculados à ManausMed.
Segundo ela, a situação ficou ainda mais complicada em meio à pandemia. “As duas ondas de Covid que tivemos no Amazonas aumentou a procura por neurologista e pneumologista, no entanto, o atendimento previsto está para daqui a 6 meses”, disse.
Segundo a presidente do Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus (Asprom Sindical), Helma Sampaio, os trabalhadores precisam esperar no mínimo 15 dias para conseguir atendimento em algumas especializações e a “ManausMed continua deixando a desejar”.
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“Isto é inadmissível, porque o desconto vem todos os meses no contracheque e quando os servidores precisam utilizar a assistência à saúde não sabem a quem recorrer”, disse a professora.
Assim como Dinah, a presidente da Asprom também afirma que os professores vêm denunciando a falta de atendimento adulto e pediátrico de urgência e emergência. “Somente as grávidas estão sendo atendidas no Hospital Santo Alberto”, acrescentou.
No caso do professor Abel Santos, 43, mesmo pagando pelo serviço, foi preciso procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para ter algum atendimento. “Por enquanto, ainda não tenho sentido melhorias. Tentei marcar algumas consultas e eu teria que esperar cerca de 20 dias em algumas especializações para poder ter vaga”, contou.
Insatisfação generalizada
A falta de assistência médica de qualidade tornou a insatisfação generalizada entre os servidores. Na página oficial do serviço no Facebook, é possível ver diversas reclamações dos usuários.
Veja as imagens:
Resposta
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Manaus informou, em nota, que a gestão do prefeito David Almeida atua na recuperação da Manausmed e já implementou medidas emergenciais. Tais medidas consistem “no retorno dos atendimentos de urgência e emergência gineco-obstétricos e de serviços de maternidade; na contratação do hospital Santo Alberto”.
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Assim como “na retomada de cirurgias eletivas e de urgência, realizadas pelo Hospital Beneficente Português e, em casos de baixa complexidade, por clínicas especializadas; e no credenciamento de novos prestadores de serviços, que está com edital aberto desde o dia 8/3, disponível na edição n°. 5.050/2021, do Diário Oficial do Município (DOM).”
Além disso, a Prefeitura de Manaus informou que dispõe de consultas eletivas, exames de diagnóstico por imagem, exames laboratoriais, procedimentos cirúrgicos e procedimentos especiais, como tratamento renal e oncológico.
Sobre o retorno dos serviços de urgência e emergência adulto e pediátrico, suspenso desde maio de 2020, a Prefeitura informou que realizou reuniões com diversos hospitais particulares da cidade e, no momento, aguarda documentos e trâmites burocráticos por parte dos futuros contratados. Além de atendimentos adulto e pediátrico, os novos credenciados prestarão serviços de cirurgias emergenciais e eletivas, atendimento ambulatorial e realização de exames de alta complexidade.
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