
Melo teve crescimento de patrimônio incompatível com os ganhos (Foto: Divulgação)
O ex-governador José Melo (PROS), preso nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal no âmbito da Operação Estado de Emergência, teve um aumento do patrimônio considerado incompatível com o salário de governador, de R$ 30 mil. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há fortes indícios de que Melo recebeu recursos em espécie de Mouhamad Moustafa, médico e empresário preso em 2016. Uma nota técnica da Controladoria Geral da União (CGU) aponta para enriquecimento ilícito do ‘velhinho’ (termo usado por Moustafa), que comprou um imóvel de alto valor, avaliado em cerca de R$ 7 milhões, além de ter feito reformas vultuosas em sítio tambaém de sua propriedade.

Melo teve crescimento de patrimônio incompatível com os ganhos (Foto: Divulgação)
A Polícia Federal interceptou diálogo entre Mouhamad Moustafa e a advogada Priscila Marcolino, também denunciada no esquema de desvios na saúde, em que ele pedia a ela que sacasse R$ 200 mil, para que Mouhamad ficasse com R$ 500 mil em casa, pois havia recebido um pedido direto de José Melo.
Em outra ocasião, utilizando aplicativo de mensagens, Mouhamad pede novamente à Priscila que realize um saque, pois o “Gov e o irmão” estavam implorando pelo recebimento de uma quantia de R$ 80 mil.
Terceira fase da Maus Caminhos
Na manhã desta quinta-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em sete imóveis residenciais e comerciais localizados na Região Metropolitana de Manaus, além do mandado de prisão de Melo.
Conforme Relatório de Inteligência Financeira do Ministério da Fazenda, a movimentação financeira do ex-governador foi considerada incompatível com a renda dele, tendo sido detectados indícios de ilicitudes, como realização de saques e depósitos em valor atípico em relação à atividade econômica ou capacidade financeira de José Melo, realização de saques em espécie em contas receptoras de transferências eletrônicas de várias origens em curto espaço de tempo, além de movimentação reiterada de recursos de alto valor em benefício de terceiros.
Grupo criminoso

Moustafa chamava Melo de “velhinho” (Foto: Divulgação)
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