Manaus, 12 de maio de 2024
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Cidades

Mercadinho recebeu quase R$ 30 milhões da Prefeitura de Borba para fazer pavimentação

O prefeito de Borba, Simão Peixoto, servidores públicos e empresários são investigados em operação do Ministério Público.

Mercadinho recebeu quase R$ 30 milhões da Prefeitura de Borba para fazer pavimentação

(Foto: Google Maps)

Borba (AM) – Um dos alvos da Operação Garrote, o “Mercadinho Du Primo” recebeu R$ 29,2 milhões para fazer pavimentação e outros serviços para a Prefeitura de Borba, a 151 quilômetros de Manaus, no interior do Amazonas.

O prefeito do município, Simão Peixoto, servidores públicos e empresários são investigados pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM).

A operação do Ministério Público foi deflagrada nessa terça-feira (23) e busca desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes contra a administração pública, fraudes em processos licitatórios e lavagem de dinheiro.

De acordo com informações do MP-AM, após vencer as licitações, o comércio repassava o dinheiro a servidores municipais. Em 2018, por exemplo, o mercadinho venceu uma licitação para serviço de pavimentação de estradas dos distritos de Axinim e Foz do Canutamã. Apenas esta licitação custou R$ 4,2 milhões aos cofres públicos.

Como mostrou o Portal AM1 em 2019, a principal atividade econômica da empresa é o “comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados”. Criada em 1993, a empresa possui 80 atividades secundárias, que vão desde ao abate de bovinos, confecção de roupas, impressão de jornais a construção de edifícios.

Operação em Borba

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a operação com o objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos no município de Borba.

A ação buscou cumprir 11 mandados de prisão preventiva, 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.

O MP-AM busca o ressarcimento aos cofres públicos e o afastamento dos agentes públicos investigados de suas funções.

(*) Com informações do G1

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