Manaus, 16 de maio de 2024
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Manaus, 16 de maio de 2024

Economia

Metro quadrado construído no Amazonas custou R$ 1,8 mil em abril

Sinapi aponta que dos R$ 1.824,32 por m² registados em abril, 64% vieram dos insumos e materiais de construção

Metro quadrado construído no Amazonas custou R$ 1,8 mil em abril

Insumos de construção colocaram m² do Amazonas em quinto lugar entre os mais caros do Brasil (Foto: Antônio Mendes/AM1)

Manaus (AM) – Dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta sexta-feira (12) ranqueiam o Amazonas com o 11º metro quadrado mais caro do país, em relação a material e mão de obra para construção no mês de abril. Em insumos, o metro quadrado no estado é o quinto mais caro do Brasil

No período pesquisado, o custo nacional da construção, por metro quadrado, chegou a R$ 1.693,67, sendo R$ 1.006,82 relativos aos materiais e R$ 686,85 à mão de obra. Em março, havia fechado em R$ 1.689,13. No Amazonas, o valor do metro quadrado – com desoneração da folha de pagamento – foi de R$ 1.728,42. As variações percentuais foram de 0,13%, mensal; 2,96% de janeiro a abril e 13,10% nos 12 meses.

Com oneração da folha, o m² construído chegou a R$ 1.824,32 em abril, registrando 0,12% frente ao mês anterior, 2,79% no ano e 12,84 nos 12 meses.

Recuo mas ainda em alta

O coordenador de divulgação do IBGE no Amazonas, Adjalma Jaques, vê uma desaceleração no ritmo, em referência à custos. O reajuste de abril foi o menor do ano e o mais baixo desde abril de 2020. Indicando que o custo está num ritmo de crescimento menor que no ano passado”, disse.

Nos 12 meses, o recuo também é notado. “Depois de fechar 2022 com aumento de 15%, neste ano o custo da construção vem reajustando em menor percentual, embora os reajustes mensais ainda permaneçam”, explica Jaques.

“Com isso o acumulado nos quatro primeiros meses do ano chegou a 2,9%. Em 2022 nessa mesma época estava em 4,8%. Mesmo nesse ritmo o Amazonas é o estado com o segundo maior acumulado de crescimento em 2022, atrás apenas de Sergipe”, conta o especialista.

Insumos encarecem construção

O preço médio por metro quadrado atingiu 1.728,42 no Estado, e muito desse se deve aos altos custos dos materiais de construção. “Desse valor, 64% é insumo, ou seja, materiais de construção e 36% mão-de-obra. Em abril, o Amazonas registrou o 11º metro quadrado mais alto do país. Mas, em preços dos insumos foi quinto mais alto”, fecha o coordenador.

No Brasil

O custo da construção no Brasil chegou a 0,27% em abril, ficando 0,07 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de março (0,20%). O acumulado nos últimos 12 meses foi para 8,05%, abaixo dos 9,06% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O índice de abril de 2022 foi 1,21%.

Em abril, a parcela dos materiais foi de 0,42%, subindo 0,35 p.p. em relação ao mês anterior (0,07%). Essa taxa representa aumento significativo frente a tendência de estabilidade nos índices, que vinha sendo observada desde outubro do ano passado. Considerando o índice de abril de 2022 (1,86%), houve queda de 1,44 p.p. 

Já a mão de obra, com taxa de 0,05%, registrou queda de 0,35 p.p. em relação ao mês de março (0,40%). Com relação a abril de 2022, houve queda de 0,19 p.p. (0,24%).  

De janeiro a abril, os acumulados foram: 0,56% (materiais) e 1,30% (mão de obra). Já os acumulados em 12 meses ficaram em 6,60% (materiais) e 10,21% (mão de obra), respectivamente.  

Nordeste registra maior variação mensal em abril 

Com alta na parcela dos materiais em sete dos seus nove estados e com aumento observado em Sergipe nas categorias profissionais, a região Nordeste ficou com a maior variação regional em abril (0,52%). As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,07% (Norte), 0,12% (Sudeste), 0,47% (Sul) e 0,03% (Centro-Oeste). 

Sergipe registra a maior alta 

Com reajuste observado nas categorias profissionais, Sergipe foi o estado que registrou a maior taxa em abril (2,33%). 

(*) Com informações do IBGE

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