Manaus (AM) – O tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima, um dos presos nesta terça-feira (19) na “Operação Contragolpe”, da Polícia Federal (PF), que investiga um grupo criminoso por planejar o assassinato do presidente Lula (PT), comandou a 3ª Companhia de Forças Especiais do CMA (Comando Militar da Amazônia), em Manaus, mas foi destituído do cargo em fevereiro deste ano.
Segundo a mídia nacional, Lima também atuava na segurança do G20 no Rio de Janeiro, local onde foi preso. Entretanto, o Exército Brasileiro negou que o militar participava da missão especial de segurança do evento.
Segundo o comunicado, “o Tenente-Coronel Hélio Ferreira Lima encontrava-se no Rio de Janeiro para participar de cerimônias de conclusão de cursos de familiares e amigos”.
Além de Hélio Lima, outros integrantes dos “kids pretos” foram alvos da operação: Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Wladimir Matos Soares, policial federal, e Mario Fernandes, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O militar, que comandava o CMA desde dezembro de 2023, foi afastado após ter sido citado em outra investigação da PF, a Tempus Veritatis, que investigava uma tentativa de golpe envolvendo militares do alto escalão, ministros e ex-assessores de Bolsonaro.
Segundo a PF, ele participava de um núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral brasileiro. O militar foi apontado por produzir e divulgar notícias falsas sobre as eleições de 2022.
Além disso, a investigação indicou que Lima era responsável por estimular os apoiadores do ex-presidente a continuarem nos acampamentos em frente aos quartéis após derrota nas eleições presidenciais.
Operação PF
A PF deflagou a operação batizada de “Contragolpe”, que tinha como alvo uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, o grupo formado em sua maioria por militares das Forças Especiais (FE) visava um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito nas últimas eleições presidenciais de 2022.
O plano era denominado como “Punhal Verde e Amarelo” e os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes deveriam ocorrer em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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