Foto: Reprodução
Com crise no abastecimento de oxigênio nos hospitais públicos e privados de Manaus, o Ministério da Saúde adotou uma operação para transferir pacientes com covid-19 para outros estados. O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, coronel Franco Duarte, anunciou a adoção dessas transferências de pacientes em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (14).
Essa operação teve início por meio de parceria com o Governo de Goiás para onde vão os primeiros pacientes, porém, outros cinco estados também colocaram unidades hospitalares à disposição para receber pacientes do Amazonas, sendo eles: Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e, ainda, o Distrito Federal. De acordo com o coronel Franco Duarte, os pacientes que serão transferidos são os que estão em fase moderada da covid-19.
“Esse plano de operação nada mais é que fazer o transporte aéreo de pacientes na fase moderada. São pacientes que ainda continuam dependentes do oxigênio, mas tem plena segurança para serem transportados. Os pacientes do Amazonas que subirem na aeronave terão toda segurança e assistência para que não haja falha nenhuma, para que chegue no destino com toda segurança e acolhimento com excelência!”, informou o coronel.
O pronunciamento realizado na manhã desta quinta-feira ocorreu em Manaus, por meio das redes sociais do Governo do Amazonas. O governador Wilson Lima (PSC) estava presente e informou que o Estado vem tentando contornar a crise do desabastecimento de oxigênio em Manaus, contando com o apoio do governo federal, por intermédio do Ministério da Saúde.
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O secretário de Saúde do Estado, Marcellus Campêlo, explicou que Manaus apresentou um pico de consumo de oxigênio surpreendente no início deste ano. Um gráfico foi apresentado para mostrar que o consumo médio de oxigênio nos hospitais do Amazonas chegou a ser de, no máximo, 30 mil metros cúbicos no pico da pandemia da covid-19, entre abril e maio de 2020. Já no início deste ano, esse consumo teve um aumento súbito, chegando a uma média de quase 80 mil metros cúbicos de oxigênio.
Ainda foi informado que a empresa White Martins, principal fornecedora de oxigênio no Amazonas, possui uma média de produção de 30 mil metros cúbicos, enquanto que a média de consumo está em quase 80 mil metros cúbicos.
O Governo do Amazonas, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), está buscando reduzir esse problema no abastecimento para transporte de oxigênio vindo de São Paulo. Além disso, carretas e balsas estão fazendo esse transporte também, mas devido ao problema logístico do Estado, a chegada dessa carga é mais demorada.
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