(Foto: Reprodução)
BRASÍLIA, DF – O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai ter que depor presencialmente à Polícia Federal (PF) sobre o vazamento de documentos sigilosos. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi dada nesta quinta-feira (27). O depoimento do presidente será nesta sexta-feira (28), às 14h, na sede da PF em Brasília.
Na decisão, Moraes disse que Bolsonaro estava indo presencialmente porque não havia indicado local e data para o seu interrogatório. Depois do depoimento, a PF é obrigada a concluir as investigações.
“Não tendo o Presidente da República indicado local, dia e horário para a realização de seu interrogatório no prazo fixado de 60 (sessenta) dias, determino sua intimação, por intermédio da AGU [Advocacia Geral da União] (conforme solicitado no item “V-v” de sua petição), para que compareça no dia 28/1/2022, às 14h00, para prestar depoimento pessoal, na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal”, estabeleceu.
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Os documentos que teriam sido vazados pelo presidente tratam de uma invasão a sistemas e bancos de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tramita na corte desde 2018 em conjunto com uma investigação da PF. O inquérito foi mostrado por Bolsonaro durante uma entrevista com o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), relator da proposta de emenda constitucional (PEC) do voto impresso, rejeitada na Câmara em agosto de 2021.
O presidente também chegou a divulgar a íntegra dos documentos nas suas redes sociais. O inquérito segue em investigação pelo STF.
Na época do vazamento dos documentos, o TSE informou que o acesso aos bancos de dados da Corte não representou risco à integridade do pleito de 2018. Segundo a Corte, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, que fazem com que seja possível identificar quaisquer alterações ou manipulações.
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