RIO DE JANEIRO, RJ – O primeiro delator da Lava Jato e ex-diretor da Petrobras, o engenheiro Paulo Roberto Costa, morreu nesse sábado (13), aos 68 anos, vítima de um câncer, no Rio de Janeiro.
Ele foi condenado a mais de 70 anos de prisão em processos sobre a Lava Jato, e foi para a prisão em março de 2014. Dias depois, conseguiu um habeas corpus da Justiça, mas voltou a ser preso.
O engenheiro respondia o processo em liberdade por causa dos acordos de colaboração firmados com a Justiça.
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Costa dirigiu a área de Abastecimento da estatal de 2004 a 2012, durante os governos Lula e Dilma Rousseff. Sua escolha para o cargo foi cercada de controvérsia. Sua indicação partiu do PP e os relatos eram de que líderes do partido exigiram o posto já tendo em vista o potencial de arrecadação nos contratos dessa área.
A declaração
Foi a partir dos depoimentos dele que os policiais desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados da Petrobras. Empreiteiras que mantinham contratos com a estatal superfaturavam os valores dos serviços que prestavam, por meio de contratos aditivos às obras.
Parte dos valores do superfaturamento era usado para pagar propina a diretores da Petrobras e também para abastecer o caixa de partidos políticos, no caso o PT, PMDB e PP.
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