
O atual prefeito de Coari, Adail Pinheiro (à direita), ao lado do ex-prefeito, Keitton Pinheiro (à direita) (Foto: Divulgação/Redes Sociais)
Manaus (AM) – A 2ª Promotoria de Justiça de Coari, vinculada ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM), instaurou um inquérito civil a fim de apurar possíveis irregularidades no processo de licitação para aquisição de combustíveis e investimentos no município. A apuração está focada no Pregão Presencial n.º 79/2023-CPL e no pregão eletrônico realizado em 8 de março de 2023.
Segundo a portaria publicada no Diário Oficial do MP-AM, nessa segunda-feira (13), a decisão foi tomada após o prazo de conclusão do procedimento preparatório expirar sem a obtenção de elementos suficientes para a conclusão do caso. O órgão determinou a realização de novas diligências para coletar informações adicionais e consolidar provas.
A Prefeitura de Coari foi oficializada a fornecer, em até 30 dias, informações apresentadas sobre os processos licitatórios investigados. Além disso, a servidora Ana Maria F. de F. Oliveira foi designada para secretariar o inquérito civil.
O MP-AM reforçou que a investigação segue os princípios constitucionais de legalidade, moralidade e eficiência, sendo fundamentais para a defesa dos interesses coletivos e para garantir a transparência na administração pública.
Veja o documento:
À época do pregão presencial e do pregão eletrônico, a Prefeitura de Coari estava sob o comando de Keitton Pinheiro. Agora, em 2025, quem assumiu o comando da cidade foi Adail Pinheiro (Republicanos).
Suposta distribuição ilegal de gasolina para receber Adail Pinheiro
Em abril de 2021, o MPAM instaurou um inquérito civil para apurar denúncia de distribuição irregular de gasolina paga com recursos públicos para recepcionar, em Coari, o então na época ex-prefeito Adail Pinheiro.
O ato teria sido executado pelo secretário municipal de Infraestrutura, André Luiz Pinheiro, nomeado em janeiro daquele ano pelo atual prefeito da época, Keitton Pinheiro.
Keitton Pinheiro é primo do ex-prefeito Adail Filho e sobrinho de Adail Pinheiro, ambos com mandatos cassados em 2020 e 2014. Na época da investigação do MPAM, o secretário chegou a ser notificado e recebeu o prazo de 10 dias úteis para apresentar esclarecimentos sobre o caso.
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