Manaus, 3 de maio de 2024
×
Manaus, 3 de maio de 2024

Brasil

MP e Polícia Civil fazem operação contra desvio de cargas

De acordo com a Sepol, o foco principal desta fase é o combate ao crime de receptação de ferro, alumínio e aço

MP e Polícia Civil fazem operação contra desvio de cargas

Foto:Divulgação/MP-RJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio deflagraram, hoje (14), a segunda fase da Operação Resina para desarticular uma associação criminosa especializada em desvio de cargas. Os agentes da 61ª DP (Xerém) e da 105ª DP (Petrópolis) estão nas ruas com o apoio de unidades do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB), do Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI).

De acordo com a Sepol, o foco principal desta fase é o combate ao crime de receptação de ferro, alumínio e aço. Ao todo serão cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais e em residências nos bairros Sepetiba, Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba, na zona oeste do Rio; Icaraí, em Niterói; na região metropolitana, no município de Rio Claro, na região do médio Paraíba; e no estado de São Paulo, com apoio da Polícia Civil paulista.

Leia mais: SUS lança teleconsulta para atenção à saúde mental

Segundo o MPRJ, o foco das buscas em São Paulo é referente a um empresário suspeito de receptar toneladas de resina desviadas da empresa CPR Indústria de Comércio e Plástico.

Os agentes informaram que dois dias antes da primeira fase da Operação Resina, no último dia 1º, os investigados denunciaram falsamente na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), na zona oeste do Rio, um roubo de carga de vergalhão, que teria ocorrido na divisa do distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com Petrópolis, na região serrana do Rio.

Conforme a Sepol, a investigação indicou que se tratava de uma farsa e a carga de aço, avaliada em R$ 150 mil, foi destinada a empresários da zona oeste do Rio de Janeiro. “Os agentes apuraram, ainda, que os acusados também estão envolvidos em dezenas de fraudes relacionadas a aço, alumínio e ferro”, informou.

Leia mais: Justiça do Rio nega liminar de defesa do ex-vereador Jairinho

O MP afirmou que esses empresários da zona oeste estão envolvidos em dezenas de outras fraudes relacionadas a aço, alumínio e ferro, resultando em prejuízo ao setor avaliado em R$ 2 milhões. “A amplitude da investigação possibilitou identificar ao menos duas dezenas de roubos que não ocorreram, ocasionando super notificação dos indicadores de roubo de carga”, destacou o MP.

Para os policiais, os criminosos escolhiam os alvos em várias plataformas de anúncios de frete pela internet. “Uma das formas de atuar da associação criminosa funcionava do seguinte modo: empresas publicavam cargas e fretes em uma plataforma online de transporte rodoviário de carga, enquanto os motoristas procuravam fretes compatíveis com seus veículos”, relatou a secretaria.

As investigações indicaram também que após a negociação do frete e o carregamento do caminhão, outro motorista assumia a direção e desviava a carga para os receptadores. “O primeiro motorista ficava responsável por comparecer em sede policial para realizar um registro de ocorrência, afirmando que teria sido roubado”, revelou o MPRJ.

(*) Com informações da Agência Brasil