Manaus, 25 de abril de 2024
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Cidades

MP recorre de decisão e pede que delegado Sotero volte para a cadeia

Delegado Gustavo Sotero foi condenado a 30 anos de prisão pela morte de Wilson Justo Filho, em 2017; ele saiu da prisão no início deste mês

MP recorre de decisão e pede que delegado Sotero volte para a cadeia

Foto: Patrick Marques

Manaus/AM – O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) recorreu da decisão judicial que permitiu a prisão em regime semiaberto ao delegado Gustavo Sotero, condenado a 30 anos de prisão pela morte do advogado Wilson Justo Filho, na casa de festa Porão do Alemão, em 2017.

Sotero estava preso desde 2019 e saiu da cadeia, na Delegacia Geral, no último dia 2.

O documento está assinado pela promotora de Justiça Elizandra Leite Guedes e solicita que o delegado volte ao cárcere em regime fechado e permaneça, pelo menos, até janeiro de 2022, quando haverá cumprido o critério temporal de progressão da pena.

Segundo a promotora, a prisão em regime semiaberto a Gustavo Sotero foi permitida com base em abatimentos por remição decorrentes de estudo sobre cursos que “não ilustram o esforço concreto e envolvimento efetivo do apenado, mas projetam dados virtuais por meio de aproveitamento de créditos contrariamente às normas executórias”.

Leia mais: Reviravolta: juiz mantém Sotero preso até definição das medidas para semiaberto

Ela aponta, ainda, que se tratam de “cursos que não se mostram comprovados oficialmente pela administração carcerária competente, mas unicamente lançados por instituições privadas e apresentados pelo próprio apenado, fora do alinhamento publicista da execução, portanto”.

Sotero recebeu autorização do juiz Luís Carlos Valois, da 1ª Vara de Execução Penal de Manaus, no dia 31 de agosto, pelo “bom comportamento” do delegado. “Configurado está o período necessário para a progressão, (…), e estando presente a certidão de bom comportamento, inafastável é o direito do apenado a passar a cumprir o restante da pena em regime de semiliberdade”, disse o juiz.

Lembre o caso

O crime aconteceu em novembro de 2017 dentro de uma casa noturna Porão do Alemão, na zona Oeste. O advogado Wilson de Lima Justo Filho morreu ao ser baleado por tiros efetuados pelo delegado e outras três pessoas ficaram feridas.

No dia do crime, Sotero foi preso em flagrante pelos crimes de homicídio doloso e lesão corporal. O advogado estava na casa noturna com a esposa, que também foi baleada.

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