Manaus, 25 de abril de 2024
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Covid-19: Argentina desenvolve soro terapêutico para tratar pacientes

Com este resultado, o laboratório Inmunova, que participa do projeto, iniciará em breve a fase de testes clínicos com pacientes

Covid-19: Argentina desenvolve soro terapêutico para tratar pacientes

Reprodução: portalg

Pesquisadores argentinos desenvolveram um soro terapêutico que, em testes em laboratório, demonstrou capacidade para neutralizar o vírus SARS-Cov-2, causador da covid-19, anunciou o governo nesta quarta-feira,17.

“Trata-se de um soro hiperimune anti-covid-19 para imunização passiva”, explicaram as autoridades em um comunicado. Com este resultado, o laboratório Inmunova, que participa do projeto, iniciará em breve a fase de testes clínicos com pacientes.
A imunização passiva consiste em administrar anticorpos em pacientes contra o agente infeccioso para produzir seu bloqueio e evitar que se espalhe.
O soro é similar aos usados para tratar o envenenamento por picadas de cobras e escorpiões, intoxicações por toxina tetânica, exposição ao vírus da raiva e infecções como a gripe aviária, explica a nota oficial.
Em seu desenvolvimento usou-se como antígeno uma proteína recombinante do vírus para obter anticorpos policlonais.
O soro produzido contém grande quantidade de anticorpos com capacidade neutralizante, que poderia evitar a entrada do vírus nas células, que é onde se multiplica.
Trata-se do primeiro potencial medicamento para tratar pacientes com covid-19 , desenvolvido na Argentina, fruto de um trabalho conjunto dos setores público e privado.
Cooperam no projeto o laboratório Inmunova, juntamente com o Instituto Biológico Argentino (BIOL), a Administração Nacional de Laboratórios e os Institutos de Saúde Dr. Malbrán, com a colaboração da Fundação Instituto Leloir (FIL), Mabxience e o Conselho Nacional de Ciência e Técnica (Conicet), bem como a Universidade Nacional de San Martín.
Atualmente, está sendo avaliado outro método de imunização passiva, que é a aplicação de plasma de convalescentes com anticorpos gerados por estes pacientes recuperados, à espera do desenvolvimento a longo prazo de uma vacina.
(*) Com informações do Correio Braziliense.