Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

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Amazônia é principal tema de discursos no Fórum Econômico de Davos, na Suíça

A Amazônia tornou-se o principal tema e alvo dos discursos proferidos por autoridades no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que iniciou na terça-feira, 22, e vai até amanhã, sexta, 24. Com a informação passada pelo governo brasileiro de que é o pobre que desmata a Amazônia, o ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore, um dos principais líderes ambientais do mundo, rebateu a tese e usando dados científicos e explicou que vender o “sonho” de que se pode ganhar dinheiro derrubando árvores para implantar projetos agrícolas é dar falsas esperanças aos mais pobres. No Fórum Econômico, Gore lembrou que, atualmente, é amplamente entendido que o solo da Amazônia é “pobre” (em manter plantações), e que a riqueza dela não está no solo. “Dizer para parte dessas pessoas pobres, que elas vão chegar lá, com sonhos, cortar tudo e começar a plantar, e que terão colheitas por anos e anos, é dar falsas esperanças a elas. Não é sustentável”, afirmou, rebatendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribuiu aos menos abastados a causa da exploração ilegal das florestas brasileiras, sem citar a ação criminal de madeireiros e grileiros, alvos em quase todas as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia.

Ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, rebateu discurso de Paulo Guedes sobre a Amazônia (Reprodução)

Pela soberania

Apesar de discordar da teoria sobre a causa do desmatamento no Brasil, levantada por Guedes, Gore reconheceu a soberania brasileira. “Os brasileiros sempre falam que não é para outras nações do mundo comentarem a questão amazônica. Isso deve ser respeitado”, disse.

Sem respaldo

Após a Coluna Claro&Escuro comparar a fala do ministro da Economia aos registros da última operação da Polícia Federal (PF) sobre desmatamento no Amazonas em que empresários foram indiciados, agentes da PF disseram que não há dados que respaldem a tese de que são ribeirinhos ou indígenas que destroem as florestas para sobreviver.

Mudança na PF

Nos corredores da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas aumentam a cada dia os rumores de que o delegado federal Sérgio Fontes deve assumir o comando do órgão. Fontes não comenta o assunto.

Concurso federal

Entre os principais desafios da Polícia Federal neste ano será o de fazer acontecer o concurso para reforçar o quadro em todo o Brasil. No Amazonas, há informação de que o número de servidores não chega a 300, e a instituição precisa de pelo menos mil funcionários.

Conselho Nacional

A necessidade de fazer concurso na PF se embasa, agora, principalmente, com a criação do Conselho Nacional da Amazônia, que vai contar com o apoio de oficiais da Forças Armadas e de agentes federais.

Perde força

A jornalista Miriam Leitão comentou, no jornal O Globo, que a decisão do governo em criar o Conselho da Amazônia elevou a importância da questão ambiental e reduziu a força do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, com a escolha de Hamilton Mourão ao comando do órgão.

Retorno de status

Integrantes do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) se reuniram nesta quarta-feira (22), em Brasília, com o presidente Jair Bolsonaro, e pediram a recriação do ministério exclusivo para o setor. Ao assumir o governo, no ano passado, Bolsonaro decidiu fundir os ministérios da Segurança Pública e o da Justiça.