Ana Cristina, presidente do Sinteam tenta conversa com o secretário de Educação (Divulgação)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) informou que está tentando uma audiência com o secretário de Educação do Estado, Luiz Castro, para pedir esclarecimentos sobre a redução de salas de aulas em escolas da capital, conforme denunciado pela presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues.
“A Secretaria de Estado da Educação (Seduc-AM) está fechando salas de aula nas escolas. Vão amontoar alunos nas salas já lotadas, reduzir carga de professores e com isso, eles terão que se virar para cumprir a carga horária em várias escolas. Perde o aluno, perde o professor, perde a educação”, afirma Ana Cristina.
O Sinteam diz que está tentando a reunião há duas semanas, e que o pedido já foi reforçado. “Mas sinto que há má vontade em nos atender”, denuncia a sindicalista.
“Resta saber o que vão fazer com todos esses professores. Qual será o critério? Quem vai de sair? Os contratados, as pontas de cargas, os mais recentes na vaga? E os concursados que estão sendo chamados? Onde irão assumir, se as vagas estão sendo reduzidas?”, questiona Ana Cristina.
Troca de turno
Emocionada, uma funcionária da Escola Estadual Hebert Palhano, que fica no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul de Manaus, informou que alunos do turno vespertino terão que trocar de horário e passar a estudar de manhã até o fim do ano, pois a escola irá fechar após o ano letivo.
“Trabalho nesta escola há 30 anos, então recebemos a notícia de que a escola irá fechar e que amanhã terá uma reunião com os pais para informá-los que o horário dos filhos será trocado. Aqueles estudam a tarde, terão que mudar o horário para manhã”, disse.
NOTA
“A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) informa que está realizando o remanejamento de alunos e turmas nas escolas da rede estadual como uma ação de gestão executada anualmente que visa otimizar os recursos humanos da secretaria. A necessidade do procedimento surgiu a partir da identificação, por exemplo, de turmas com uma média de 6 a 10 alunos, que poderiam ser facilmente unificadas sem qualquer prejuízo para as aulas ou para os profissionais. O trabalho está sendo desenvolvido para não ultrapassar os limites pedagógicos de alunos em sala de aula.
O procedimento é comumente realizado no mês de abril, após finalizado o período para fechamento das turmas e contabilização dos alunos que abandonaram as escolas. Este ano, devido à greve, o remanejamento está sendo realizado em agosto e tem como expectativa preencher cargas vagas nas escolas que necessitam de um contingente maior de professores.
A Seduc-AM reforça, ainda, que o procedimento melhora o sistema de lotação e comunicação uma vez que localiza profissionais que não estejam frequentando as salas de aula ou com dificuldades na adequação de cargas, evitando que haja prejuízo no serviço público.”
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