(Foto: Reprodução)
MANAUS – O médico indígena, Israel Tuyuka, escolhido pelo PSOL para concorrer às eleições de 2022 como candidato ao governo do Amazonas, substituindo o advogado Marcelo Amil, surpreendeu pelo desempenho em sua primeira disputa eleitoral. Tuyuka obteve 21.229 votos (1,11%), após 100% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Israel teve mais votos que um dos nomes conhecidos na política amazonense, o candidato a governador e ex-vice-governador cassado, Henrique Oliveira (Podemos), que obteve 9.596 votos (0,50%).
Henrique Oliveira foi vice do ex-governador José Melo (PROS), nas eleições de 2014, da qual saíram vitoriosos. No entanto, em 2016, ambos foram cassados por compra de votos e, por esse motivo, não cumpriram o mandato, que seria até 2018. Além disso, Henrique já foi deputado federal do Amazonas no período de 2011 a 2014 e vereador de Manaus de 2009 a 2012.
O médico também teve mais votos que uma figura conhecida da política amazonense, por envolvimento no processo de cassação da chapa de Melo e Oliveira, a empresária Nair Blair (AGIR), que recebeu apenas 1.895 votos (0,10%).
Henrique e Nair juntos tiveram 11. 491 votos, o que significa que Tuyuka obteve 9.738 votos a mais, se somar o número de votos recebidos pelos dois nomes conhecidos da política do Amazonas.
Israel ficou em sexto lugar no quadro final da disputa pelo cargo majoritário no Estado, logo atrás da defensora pública, Carol Braz (PDT), que ficou em quinto lugar, depois do deputado Ricardo Nicolau.
O “Cabeção” terminou a disputa em sétimo lugar e por último, a candidata Nair Blair, que disputou o pleito com recurso eleitoral, junto ao TSE, após ter tido seu registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), no último dia 29 de setembro.
Sobre Israel
O indígena nasceu no município de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de distância da capital) e durante a campanha eleitoral defendeu pautas da população ribeirinha, sobretudo, dos indígenas, bem como pautas relacionadas às mulheres, jovens, comunidade LGBT+ e melhoria e profissionalização dos povos indígenas em diversas áreas, como: saúde, cultura, educação e outras.
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