Manaus (AM) – Oito pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) por 11 crimes distintos relacionados a manipulação e vendas ilegais de rifas na internet. Nesta terça-feira (29), a polícia informou que entre os indiciados estão os influenciadores Lucas Picolé, Mano Queixo, Isabelly Aurora e Isabel Simplício, mãe da blogueira. O inquérito já está com o relatório pronto e está sendo encaminhado à Justiça.
O inquérito são resultados da articulação da Operação Dracma, dividida em duas fases e deflagradas nos dias 29 de junho e 5 de julho deste ano.
Conforme o delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações, os trabalhos policiais iniciaram no início deste ano, tendo sido apurado a existência de uma organização criminosa responsável por gerir um esquema de rifas clandestinas e ilegais, promovendo, em seguida, a dissimulação e lavagem de dinheiro oriundo das práticas criminosas.
Manipulação
Durante análise nos equipamentos eletrônicos dos indiciados, foi constatado que eles manipularam a escolha dos ganhadores dos sorteios.
“Identificamos que quatro influenciadores digitais de Manaus, sendo eles Aynara Ramilly, Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, conhecido como “Mano Queixo”; Isabelly Aurora Simplício Souza, 21; e João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como “Lucas Picolé”, mantinham um esquema de divulgação e promoção dos jogos de azar, dissimulando os recursos decorrentes das vendas de bilhetes eletrônicos por meio da lavagem de dinheiro”, disse.
Segundo o delegado, durante as investigações, foi possível identificar que o ex companheiro de Isabelly Aurora, identificado como Paulo Victor Monteiro Bastos, 25, bem como a mãe dela, Isabela Simplício, auxiliavam na lavagem de dinheiro e ocultação de recursos, além de emprestarem suas contas correntes para receber os valores das vendas.
“Outro integrante do grupo criminoso, identificado como Marcos Vinicius Alves Maquiné, também foi indiciado após se apresentar à polícia e confidenciar que cerca de um milhão de reais teria passado por sua conta no esquema de lavagem de dinheiro, tendo ainda viabilizado a compra de um veículo Toyota Hillux, apreendido durante a segunda fase da Operação Dracma”, falou.
Os indiciados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, fraude no comércio, promoção de jogos de azar, sonegação tributária, crimes contra as relações de consumo, publicidade enganosa, receptação qualificada, fraude processual e apologia ao crime.
Operação Dracma
Ainda segundo o delegado, a cunhada de “Lucas Picolé”, identificada como Flávia Ketlen Matos da Silva, 34, presa na primeira fase da Operação Dracma, era responsável por gerenciar a lavagem do dinheiro e escoar os recursos oriundos das rifas do cunhado, dissimulando todo dinheiro na manutenção de uma loja de roupas falsificadas.
Cícero relembra, ainda, que durante as ações policiais, mais de uma tonelada de produtos de vestuário falsificados foram apreendidos, e dez veículos, incluindo uma motocicleta adulterada, também foram apreendidas. Durante o cumprimento das buscas, 175 unidades de drogas sintéticas (LSD) foram encontradas, além de munições de fuzil.
As investigações concluíram que “Lucas Picolé” e “Mano Queixo” também negociavam armas de fogo e munições, além de estarem envolvidos com tráfico de drogas sintéticas. Além disso,
“Durante as investigações, descobrimos que Isabel, Isabelly Aurora e Paulo Victor estavam tentando esconder dinheiro em espécie, a fim de atrapalharem as investigações. Ainda no decorrer dos trabalhos policiais, houve a representação das prisões de Ayara Ramilly e de Isabel Simplício, envolvidas no esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro”, disse.
Além disso, “Lucas Picolé” e “Mano Queixo” foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse irregular de munição de uso restrito e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
(*) Com informações da assessoria
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