Manaus, 27 de abril de 2024
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Manaus, 27 de abril de 2024

Política

Omar diz que ausência de Pazuello ‘quebrou’ direção da CPI da Covid

Depoimento de Pazuello estava previsto para ocorrer na terça, mas teve a data remarcada para o próximo dia 19 deste mês. Ele alegou ter tido contato recente com pessoas que contraíram a covid-19

Omar diz que ausência de Pazuello ‘quebrou’ direção da CPI da Covid

Foto: Reprodução

Brasília/AM – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador do Amazonas Omar Aziz (PSD) disse, em entrevista ao Portal Amazonas1, nesta sexta-feira (7), que a ausência do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no encontro para prestar depoimento, ‘quebrou’ a cronologia das declarações e das investigações da comissão.

Nesta semana, foram ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual ministro da pasta, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.

Leia mais: Depoimento de Pazuello é remarcado para o próximo dia 19

Depoimento de Pazuello estava previsto para ocorrer na terça-feira (4), mas teve a data do seu interrogatório remarcada para o próximo dia 19 deste mês. O ex-ministro alegou ter tido contato recente com pessoas que contraíram a covid-19 e,  por isso, não foi ao Senado.

“As coisas têm uma cronologia né, tem uma cronologia que a gente começou a ouvir os ministros… Com esse adiamento do Pazuello, se quebrou um pouco (a cronologia) e a gente tem que aguardar”, disse o senador.

Nos bastidores, circulam informações de que Pazuello pode ir em busca de um habeas corpus para não depor. “Eu acho que ele não consegue habeas corpus. É muito difícil para conseguir , muito difícil”, afirmou Omar.

Leia mais: Pazuello avalia habeas corpus no STF para não depor na CPI da Pandemia

Na próxima semana, a CPI da Covid deve ouvir Antônio Barra Torresdiretor-presidente da Anvisa; Fábio Wajngarten, ex-secretário de comunicação social da Presidência; e representantes da farmacêutica Pfizer. O senador Omar Aziz afirma que serão depoimentos importantes para entender as tratativas de compras de vacinas para o Brasil. Os trabalhos presenciais voltam na terça-feira.

“Mas essa semana nós vamos ter umas audiências muito importantes como a do Fábio Wajngarten, da Pfizer, para saber o que que houve, por que que nós não compramos vacina”, disse Omar. Um dos focos da CPI da Covid é descobrir os motivos que fizeram o Governo rejeitar as primeiras ofertas de vacina contra a Covid, especialmente as da Pfizer.

Sobre a convocação de secretários de Saúde do Amazonas, ele afirmou que, até o momento, somente o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Marcellus Campêlo, foi convocado. Mas ainda não há data para o depoimento do gestor. “Foi convocado o Marcellus e outros ainda não. Porque já tinham outras pessoas na frente que já haviam sido convocadas. É uma ordem cronológica”, disse.

CPI aprovada

Nas redes sociais, o senador publicou uma pesquisa realizada pela Exame, que aponta uma aceitação e aprovação de 59% dos brasileiros à CPI da Covid. De acordo com os dados, 34% dos entrevistados responderam que não aprovam e nem desaprovam. Apenas 7% é contra a CPI.

Foto: Agência Estado

“A maioria das pessoas acredita e aprova a CPI da Pandemia. Isso aumenta muito a responsabilidade de nós senadores para fazermos um bom trabalho e apresentarmos as respostas que a sociedade precisa. Esta pesquisa foi divulgada hoje pela Revista Exame e mostra dados sobre como está sendo a aceitação da CPI da Pandemia por parte dos brasileiros. Os ataques que estão sendo feito à Comissão vêm dessa minoria, e eu, como Senador do Amazonas e do Brasil, vou trabalhar em prol do bem-estar da maioria”, escreveu.