Manaus, 30 de abril de 2024
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Cenário

Oposição na CMM diz que 2023 foi produtivo e já planeja 2024 de cobranças

Vereadores esperam que, em 2024, a oposição seja fortalecida, pois pelo fato de a base aliada ainda ser maioria, projetos de oposição não passaram no Plenário em 2023.

Oposição na CMM diz que 2023 foi produtivo e já planeja 2024 de cobranças

Oposição ao prefeito na CMM (Foto: Celso Maia/Portal AM)

Manaus (AM) – Vereadores de oposição ao prefeito David Almeida (Avante) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) afirmaram ao Portal AM1 que a atuação deles, em 2023, em relação às fiscalizações sobre a aplicação do dinheiro público realizada pelo Executivo municipal foi produtiva.

De acordo com William Alemão (Cidadania), apesar de a oposição ao prefeito na Casa ainda ser pequena, o ano legislativo cumpriu o seu papel fiscalizando supostas irregularidades em solicitações, inclusive, lembrou dos projetos de lei solicitados pelo Executivo municipal que foram rejeitados no plenário por falta de transparência.

“Acho que a maior questão ‘esse’ ano foi tentar mostrar transparência do dinheiro público, trabalho que eu venho desenvolvendo, fiscalizando e acompanhando todas as leis. Nós tivemos tentativas de troca de terrenos muito mais baratos com outro muito mais caro da própria prefeitura, que, inclusive, foi derrubado. Nós temos uma outra situação de um outro terreno milionário que foi retirado de pauta e acredito que não volte [ao plenário] este ano, e outras questões que a gente vem levantando e cobrando muito, porque todo mundo quer saber onde é investido o seu dinheiro”, disse o vereador à reportagem.

William Alemão espera que, em 2024, a oposição ao chefe do Executivo municipal seja fortalecida, pois pelo fato de a base do prefeito ainda ser maioria na Casa, projetos de oposição não passaram no Plenário Adriano Jorge ou não foram sancionados por David Almeida – o que acabou prejudicando “bons projetos” que beneficiariam a população.

Obrigações devem ser cumpridas

Rodrigo Guedes (Podemos), que também é oposição ao prefeito na Casa, concorda com William Alemão ao afirmar que o Parlamento deve ter representantes que investiguem e que cobrem a base governista, seja municipal ou estadual, pois estes representantes políticos são “os olhos e a voz do povo”.

Sobre o episódio ocorrido na Câmara Municipal, nesta semana, no qual alguns vereadores da base aliada de David Almeida resolveram “investigar” obras estaduais e não as municipais, para as quais foram eleitos, Guedes afirma que os colegas de bancada deveriam, primeiramente, cumprir com suas obrigações: fiscalizar a Prefeitura de Manaus.

“Parece que eles não fiscalizam a prefeitura e estão aqui só para bater continência para o prefeito; fazer exatamente tudo o que o prefeito quer, sem contestar absolutamente nada, e eu acho que, para não ficar sem pauta e sem nenhum tipo de denúncia, não cumprindo a sua própria função, começaram a falar do governo”, argumentou Guedes.

“Você fiscalizar outras esferas sem cumprir a sua obrigação para qual você foi eleito, isso, na verdade, é uma forma de ilusionismo, de distração. E detalhe: o interessante é que esses mesmos vereadores são aliados de deputados que não fiscalizam o governo, não cobram o governador, ou seja, é uma incoerência total”, alfinetou o vereador, que lembrou o racha na CMM entre oposição e aliados.

Guedes frisa, ainda, que, por causa dessa divisão política na Casa, não vê aliança entre Wilson Lima (UB) e o prefeito de Manaus para as eleições do próximo pleito.

“A gente tenta muito ler nas entrelinhas. Eu não vejo aliança entre o governador e o prefeito, acho que o prefeito está num caminho político e o governador deve ir para outro caminho político, e eu acho que deve haver [em 2024] a divisão [política]”.

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