O novo sistema terá um Centro de Produção de Água Subterrânea (CPAS), com um poço tubular com 200 metros de profundidade e reservatório com capacidade para 330 mil litros de água. (Carlos Bolívar / Amazonas1)
A comunidade indígena Parque das Tribos, localizada no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus, vai receber uma nova rede de abastecimento de água tratada. O sistema está sendo implantado pela concessionária Águas de Manaus.
O prefeito Arthur Neto, realizou uma visita nesta quarta-feira, 6, para acompanhar as obras. “Vamos entrar com poços tubulares profundos para cumprir nossa meta de 98% de abastecimento de água na casa das pessoas. Esses poços aguardam o avanço das obras da Águas de Manaus, coordenadas pela prefeitura”, explicou Arthur.
Cerca de 2,5 mil vivem na comunidade, existente desde 2014. Elas são originárias de 35 etnias, entre elas Apurinã, Baré, Mura, Kokama, Tikuna, Wanano, Sateré-Mawé e Tukano. Alcineia Albuquerque, 37, da etnia Piratapuia, revela a satisfação da comunidade diante do serviço. “Depois de 5 anos de luta, de resistência, e 20 pedidos de reintegração de posse, agora estamos sendo beneficiados com água tratada e isso pra gente é muito bom”, disse.
As obras iniciaram no mês de outubro e contam com a implantação de 7.830 metros de rede de distribuição de água e 657 ligações domiciliares. Além disso, o novo sistema terá um Centro de Produção de Água Subterrânea (CPAS), que consiste em um poço tubular com 200 metros de profundidade e um reservatório com capacidade para 330 mil litros de água tratada na região.
“Nós já abastecemos o local de maneira emergencial, com carros-pipa diariamente, mas nosso objetivo é proporcionar qualidade de vida a todos os moradores da cidade. Por isso, fizemos este projeto para implantar redes que vão levar água tratada até a comunidade”, detalhou o diretor-executivo da Águas de Manaus, Luiz Couto.
Demandas da população
Na oportunidade, os moradores da comunidade aproveitaram para cobrar outros serviços que ainda são precários na região. Entre eles, os serviços de segurança, saúde e transporte público.
“Aqui no Tarumã só temos uma linha de ônibus, a 011, e demora cerca de 3 horas para passar. Precisamos também de mais postos de saúde e de policiamento, pois como a comunidade é muito longe ficamos vulneráveis a assaltos, então deveria ter também um posto de policiamento”, explicou Alcineia.
Em resposta, o prefeito solicitou a visita do diretor-presente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Manoel Paiva, e disse que está em negociações para trazer empresas novas para o sistema. “Reconheci como justa a reivindicação da população e disse a eles que resolveremos nos próximos meses, assim que tivermos resultados de ônibus novos, nós daremos prioridade para a comunidade”, afirmou o prefeito.
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