O Conselho de Ética do PDT do Amazonas recebeu nesta segunda-feira, 22, um pedido de abertura de procedimento interno para apurar a conduta do deputado estadual Adjuto Afonso, em relação ao seu voto favorável à lei estadual que, entre outras medidas, congelou o salários dos servidores públicos do Estado por um período de dois anos.
A matéria foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) com 14 votos favoráveis no dia 12 deste mês.
A direção do partido chegou a veicular uma nota no final de semana deixando claro a insatisfação interna em relação à postura do parlamentar nessa votação.
A nota, assinada pelo presidente regional do PDT, Hissa Abrahão, afirma que o posicionamento de Adjuto nesta pauta vai contra aos princípios e ideologia da legenda, que tem nos direitos do trabalhador o cerne da questão e, no seu fundador, Leonel Brizola, o expoente máximo da sigla.
“Algumas questões são inegociáveis para o PDT, mesmo seus membros sendo de situação ou oposição a qualquer governo, entre elas: salário do trabalhadores, carteira de trabalho, educação, previdência social, professores, qualidade do ensino”, frisou Abrahão.
Segundo Hissa, muitos filiados e militantes do partido, a exemplo de professores e estudantes, se sentiram incomodados e ofendidos com a decisão unilateral de Adjuto em votar com a proposta do governo e, resolveram protocolizar um pedido de procedimento interno contra o deputado estadual.
“Vou aguardar o parecer do Conselho de Ética e, qualquer decisão seja de advertência, suspensão ou expulsão, vai ser decidido pelo diretório do partido”, acrescentou Hissa.
O presidente do Conselho de Ética do partido, Rodrigo Fróes, disse que até sexta-feira, 26, deve fazer a comunicação oficial a Adjuto das reclamatórias contra ele, para que o deputado possa se defender.
Depois disso, explicou, conforme o estatuto do partido, o conselho terá prazo de 30 dias para emitir um parecer e enviar para o diretório estadual para votação.
Voto foi necessário
Também em nota, divulgada um dia depois à do PDT, Adjuto Afonso argumenta sobre sua decisão e afirma que votou pela aprovação com base em números apresentados pelo governo, observando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“O voto se fez necessário, para que o servidor não fosse prejudicado em médio prazo e não tivesse seu salário parcelado”, enfatizou.
Adjuto revelou, ainda, que não recebeu nenhuma orientação sobre a votação da direção executiva estadual. O deputado exerce o cargo de secretário geral do PDT-AM.
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