
(Foto: Celso Maia/ Portal AM1)
Manaus (AM) – A Câmara Municipal de Manaus (CMM) rejeitou, na sessão plenária desta segunda-feira (30), o requerimento que solicitava a convocação do vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Renato Júnior, para prestar esclarecimentos sobre as obras do Viaduto Rei Pelé, localizado na zona Leste da capital.
O vereador Paulo Tyrone (PMB) defendeu, em entrevista ao Portal AM1, que o diálogo entre o Executivo e o Legislativo deve ocorrer de forma natural, sem a necessidade de formalidades como requerimentos. Segundo ele, a presença de secretários municipais na Câmara Municipal de Manaus (CMM) deveria ser espontânea, especialmente para esclarecer obras de grande impacto, como as realizadas na capital. Tyrone ressaltou que a transparência deve prevalecer na condução dos projetos públicos.
“O diálogo da Câmara com os secretários municipais precisa ser natural. Então, eu entendo que não precisaria nenhum requerimento para convocar um secretário para prestar esclarecimentos à Câmara Municipal. Eu acho que é inerente à condição dele de secretário”, afirmou o parlamentar.
O vereador também lamentou o resultado da votação e criticou o bloqueio sistemático de pautas semelhantes por parte da base aliada ao prefeito David Almeida. Segundo ele, a base do prefeito tem dificultado o avanço de requerimentos que buscam promover maior fiscalização e prestação de contas por parte do Executivo.
“Hoje, a base do prefeito tem uma ampla maioria que impede aprovação de requerimentos como esses”, pontuou.
(Foto: Gabriel Alves/ Portal AM1)
Apesar da negativa da convocação, Tayrone reiterou que considera Renato Júnior um gestor qualificado e reforçou que a vinda espontânea do vice-prefeito à Câmara seria um gesto de respeito institucional e de consideração com o papel fiscalizador dos vereadores.
“O Renato é um cara muito inteligente. Eu acho que seria de bom tom que ele viesse de maneira natural à Câmara Municipal de Manaus e prestasse informações técnicas. Ele, além de vice-prefeito, é secretário de Infraestrutura. Então, seria de bom tom que ele viesse aqui e tivesse uma reunião conosco para tirar algumas dúvidas que, eventualmente, alguns vereadores ainda têm.”
A obra do Viaduto Rei Pelé tem gerado questionamentos entre parlamentares e parte da população, especialmente em relação a seu impacto no trânsito, custos e prazos de execução. O requerimento rejeitado buscava justamente esclarecer esses pontos. Mesmo com a derrota da proposta, o debate sobre transparência na gestão municipal segue em pauta entre os vereadores da oposição.
A proposta de requerimento foi barrada por 21 votos contrários, enquanto 11 vereadores se posicionaram a favor.
Os vereadores Marco Castilhos (União Brasil), Sérgio Baré (PRD), Dione Carvalho (Agir), Kennedy Marques (MDB), Everton Assis (União Brasil), Rosivaldo Cordovil (PSDB), Professora, Jaqueline (União Brasil), Marcelo Serafim (PSB), Mitoso (MDB), João Carlos (Republicanos), Rosinaldo Bual (Agir), Professor Samuel (PSD), Raulzinho (MDB), Elan Alencar (Democracia Cristã), Saimon Bessa (União Brasil), Roberto Sabino (Republicanos), Rodinei Ramos (Avante), Eduardo Alfaia (Avante), Gilmar Nascimento (Avante), Joelson Silva (Avante) e Aldenor Lima (União Brasil) votaram contra a proposta.
A favor votaram os vereadores Capitão Carpê (PL), Sargento Salazar (PL), Coronel Rosses (PL), Zé Ricardo (PT), Rodrigo Guedes (Progressistas), Rodrigo Sá (Progressistas), Raiff Matos (PL), Thayssa Lippy (PRD), Paulo Tyrone (PMB), Ivo Neto (PMB) e Diego Afonso (União Brasil).
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