Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Cidades

Pesquisa aponta que barragens em Presidente Figueiredo podem romper

O alerta foi feito pelo presidente da ALEAM, Roberto Cidade

Pesquisa aponta que barragens em Presidente Figueiredo podem romper

(Foto: Divulgação / Assessoria)

Manaus (AM) – Uma pesquisa, realizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), revelou que 700 áreas no Brasil estão vulneráveis a possíveis rompimentos de barragens de mineração, afetando 178 cidades. Entre elas, destaca-se o município de Presidente Figueiredo (a 126 quilômetros de Manaus), onde 14 barragens, todas pertencentes à Mineração Taboca, localizam-se na Vila do Pitinga.

Preocupado com esse cenário alarmante, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), tomou medidas para garantir a segurança dos moradores e a preservação do meio ambiente.

Cidade apresentou requerimentos à Prefeitura Municipal de Presidente Figueiredo, à Mineração Taboca e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), solicitando os planos de contingência existentes em caso de desastres causados por possíveis rompimentos de barragens de mineração.

 

Segurança das comunidades e do meio ambiente em primeiro plano

O presidente da ALEAM enfatizou a importância de priorizar a integridade física dos moradores e a proteção ambiental durante as atividades de mineração na Amazônia.

Ele expressou, ainda, a sua preocupação com os indígenas da reserva Waimiri Atroari, que correm o risco de serem afetados pelos rejeitos ou pela contaminação dos rios Tiajuru e Alalaú, assim como os demais habitantes de Presidente Figueiredo, especialmente os residentes da Vila do Pitinga, onde a sede da mineradora está localizada, e outras comunidades próximas.

A transparência e o acesso às informações relacionadas às barragens são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar da população local.

 

Cobrando respostas do Ibama

O deputado encaminhou um requerimento ao Ibama, por meio da Superintendência no Amazonas, solicitando informações sobre o acompanhamento das atividades da Mineração Taboca na Vila do Pitinga, em Presidente Figueiredo.

Ele questionou se o órgão tem realizado fiscalizações na área de atuação da empresa e quais medidas corretivas foram recomendadas ou aplicadas.

Além disso, Roberto Cidade busca esclarecimentos sobre possíveis contaminações das águas na região e as substâncias contaminantes identificadas, bem como as medidas adotadas para minimizar os impactos causados.

 

A transparência e responsabilidade da Prefeitura de Presidente Figueiredo

O deputado, também, direcionou seus questionamentos à Prefeitura de Presidente Figueiredo, buscando esclarecimentos sobre o armazenamento dos mapas de inundação das barragens. Ele indagou se esses mapas estão em posse da Defesa Civil Municipal e se foram elaborados de acordo com as normas técnicas e legislação aplicável. O acesso da população a esses mapas e os procedimentos para solicitar e obter essas informações também foram abordados.

 

Responsabilidade da Mineração Taboca

O parlamentar cobrou da Mineração Taboca, informações detalhadas sobre as medidas adotadas para evitar o desmoronamento das barragens de mineração.

Ele questionou sobre o plano de monitoramento implementado pela empresa para acompanhar a estabilidade das barragens, os métodos e tecnologias utilizados para avaliar o estado estrutural das barragens, as práticas de manutenção preventiva adotadas e a frequência das inspeções realizadas.

Além disso, o deputado solicitou informações sobre os investimentos destinados à segurança das barragens e a transparência da empresa em relação às autoridades locais, órgãos ambientais, comunidades afetadas e demais partes interessadas.

 

Mineração Taboca: uma história de presença em Presidente Figueiredo

A Mineração Taboca está instalada no município de Presidente Figueiredo desde 1981, ocupando uma área de 726 hectares. Atualmente, é considerada a maior mineradora de estanho do Brasil, porém, a segurança das suas barragens de mineração torna-se uma questão crucial para a proteção das comunidades e do meio ambiente local.

A importância da transparência, fiscalização e ação preventiva

Diante do risco iminente de rompimento das barragens em Presidente Figueiredo e de outras áreas do país, é fundamental que as autoridades competentes adotem medidas preventivas rigorosas e garantam a transparência das informações.

A segurança das comunidades e a preservação ambiental não podem ser negligenciadas. Ações concretas devem ser tomadas para minimizar os riscos e garantir a proteção das pessoas e dos recursos naturais, assegurando um futuro seguro e sustentável.

 

(*) Com informações da assessoria 

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