Pesquisa: Zezinho Eufrásio não tem apoio da população para se reeleger

(Foto: Reprodução/Redes sociais)

Amaturá (AM) – O prefeito de Amaturá (a 908 quilômetros de Manaus), Zezinho Eufrásio (PROS), não tem apoio da população para um segundo mandato em 2024. É o que revelou uma pesquisa de intenções de votos realizada pelo instituto Perspectiva Mercado e Opinião.

Na modalidade espontânea, quando não é apresentado nenhum candidato ao entrevistado, os dados revelam que Zezinho possui apenas 7,7% de apoio para o próximo pleito, enquanto o candidato Nazaré possui 19,3% de intenções de voto.

Um fato também chama atenção: 60,5% dos amaturaenses não sabem em quem votar em 2024.

(Modalidade Espontânea/ Divulgação/Perspectiva Mercado e Opinião)

Porém, quando foram apresentados os possíveis candidatos aos entrevistados, o prefeito de Amaturá continuou em desvantagem. Zezinho Eufrásio continuou em segunda posição, com 14,4% de intenções. O candidato Nazaré continuou na frente com boa vantagem (37,2%). Em terceira posição, aparece Dr. Gil, com 10,8%, seguido de Dr. Bruno Nelo com 9,5% e Robson Castelo Branco com 5,6%.

(Modalidade Estimulada 1ª opção de voto/Divulgação/Perspectiva Mercado e Opinião)

A pesquisa entrevistou 200 eleitores do município via telefone (sistema de CATI), no dia 04 de agosto de 2023, e possui margem de erro de 6,9%, para mais ou para menos, com grau de confiabilidade de 95%, o que significa dizer que se fossem feitas 100 entrevistas com a mesma metodologia, 95 estariam dentro da margem de erro prevista.

Rejeição

Além de não conseguir emplacar o seu vice, Evandro Lopes (Avante), que não aparece na pesquisa, o chefe do Executivo Municipal também é o mais rejeitado entre os possíveis candidatos para disputar a cadeira da prefeitura. Eufrásio possui 20,1% de rejeição pela população.

(Rejeição/Divulgação/Perspectiva Mercado e Opinião)

Polêmicas na política

O mandato de Zezinho Eufrásio foi marcado por polêmicas desde o início. Em 2021, após recomendação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), o prefeito exonerou 16 pessoas ligadas à sua família e de seu vice, Evandro Lopes.

As nomeações foram feitas para que os familiares assumissem cargos na prefeitura de Amaturá, o que é considerado, por lei, como nepotismo.

Entre os nomes dos servidores que estavam na folha de pagamento da prefeitura estavam: Luiz Nunes Lopes, auxiliar de serviços gerais efetivo, com função gratificada de chefe de setor – sobrinho do vice-prefeito municipal; Josaly Barroso Eufrásio, assessora I – irmã do prefeito municipal; Janete Barroso Eufrásio, enfermeira efetiva, com função gratificada de coordenadora de atenção básica de saúde – irmã do prefeito municipal.

Foram exonerados também: Jane Carmem Barroso Eufrásio, professora efetiva, com função gratificada de coordenadora do setor de educação – irmã do prefeito municipal; Jaime Barroso Eufrásio, assessor I – irmão do prefeito municipal; Athos Vorlande Eufrásio Plácido, assessor II – sobrinho do prefeito municipal; Matheus Ferreira Eufrásio, agente de endemias contratado – sobrinho do prefeito municipal; Anilson Félix Marinho, assessor II e cunhado do prefeito municipal; Reinaldo Ramires de Melo, coordenador da junta do serviço militar – cunhado do prefeito municipal.

Além desse episódio, a gestão de Zezinho é marcada por contratações para efetuar obras milionárias na cidade – que possui pouco mais de 11 mil habitantes, como o montante de R$ 2,6 milhões para a compra de pneus e baterias para veículos da cidade no mês de junho deste ano.

Procurado pelo Portal AM1 para posicionamento quanto à pesquisa, o gabinete da prefeitura não atendeu às chamadas telefônicas. Até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço está aberto para posicionamentos.