Manaus, 18 de abril de 2025
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Cidades

PF investiga policiais do Amazonas envolvidos em milícia do ouro ilegal

Os policiais são investigados por suspeita de facilitar o transporte e a comercialização ilegal do ouro extraído de garimpos ilegais no interior do Amazonas.

PF investiga policiais do Amazonas envolvidos em milícia do ouro ilegal

(Foto: Divulgação/PF-AM)

Manaus (AM) – A Polícia Federal (PF) desarticulou um grupo criminoso envolvido na comercialização ilegal de ouro extraído de garimpos clandestinos na Amazônia Legal. Durante a Operação Ourives, deflagrada nesta quarta-feira (19/3), os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Manaus. A ação mobilizou 17 policiais federais.

Esquema criminoso e atuação da quadrilha

A investigação da PF revelou que a organização criminosa cooptava ourives para manipular e revender ouro extraído ilegalmente de garimpos clandestinos em Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Japurá (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM). O metal precioso chegava a Manaus por embarcações fluviais, caminhões e aeronaves. Agentes da segurança pública estadual [policiais] atuavam como facilitadores, garantindo o fluxo constante do ouro ilegal para o mercado.

Dentro da estrutura criminosa, os agentes públicos envolvidos forneciam o ouro obtido ilegalmente e coordenavam sua distribuição. Ourives e empresários participavam ativamente da rede, utilizando empresas de fachada para disfarçar transações ilegais e movimentar grandes quantias financeiras sem levantar suspeitas.

Repressão e penalidades

Com base nas provas reunidas, a Justiça autorizou os mandados de busca e apreensão para coletar novas evidências e interromper a atividade criminosa. A PF segue com as investigações para desmantelar a rede e responsabilizar os envolvidos, tanto no setor público quanto no privado.

Os suspeitos podem responder por usurpação de bens da União, peculato, formação de milícia e organização criminosa, entre outros crimes correlatos. As penas combinadas podem chegar a 33 anos de prisão.

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