
(Foto: Divulgação/PF-AM)
Manaus (AM) – A Polícia Federal (PF) desarticulou um grupo criminoso envolvido na comercialização ilegal de ouro extraído de garimpos clandestinos na Amazônia Legal. Durante a Operação Ourives, deflagrada nesta quarta-feira (19/3), os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Manaus. A ação mobilizou 17 policiais federais.
Esquema criminoso e atuação da quadrilha
A investigação da PF revelou que a organização criminosa cooptava ourives para manipular e revender ouro extraído ilegalmente de garimpos clandestinos em Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Japurá (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM). O metal precioso chegava a Manaus por embarcações fluviais, caminhões e aeronaves. Agentes da segurança pública estadual [policiais] atuavam como facilitadores, garantindo o fluxo constante do ouro ilegal para o mercado.
Dentro da estrutura criminosa, os agentes públicos envolvidos forneciam o ouro obtido ilegalmente e coordenavam sua distribuição. Ourives e empresários participavam ativamente da rede, utilizando empresas de fachada para disfarçar transações ilegais e movimentar grandes quantias financeiras sem levantar suspeitas.
Repressão e penalidades
Com base nas provas reunidas, a Justiça autorizou os mandados de busca e apreensão para coletar novas evidências e interromper a atividade criminosa. A PF segue com as investigações para desmantelar a rede e responsabilizar os envolvidos, tanto no setor público quanto no privado.
Os suspeitos podem responder por usurpação de bens da União, peculato, formação de milícia e organização criminosa, entre outros crimes correlatos. As penas combinadas podem chegar a 33 anos de prisão.
LEIA MAIS:
- Polícia Federal combate organização que frauda saques de FGTS
- Maior contrabandista de ouro do Brasil é preso pela PF em Manaus
- PF investiga grupo que comercializava ouro ilegal de terras indígenas
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.