Manaus, 18 de maio de 2024
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Cidades

PF prende grupo que planejava ataques contra autoridades; Moro era alvo

Entre os alvos estava o senador Sergio Moro (União Brasil), ex-juiz da Lava Jato, e um promotor de Justiça cujo nome não foi revelado

PF prende grupo que planejava ataques contra autoridades; Moro era alvo

Além de Moro, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que há quase vinte anos investiga o PCC, seria outro alvo da facção (Foto: Arquivos Agência Brasil)

BRASÍLIA – A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) operação contra uma quadrilha que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando homicídios e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o plano foi orquestrado pela facção criminosa PCC.

Entre os alvos estava o senador Sergio Moro (União Brasil), ex-juiz da Lava Jato, e um promotor de Justiça cujo nome não foi revelado. Segundo a polícia, o grupo atuava em São Paulo, no Paraná, em Rondônia, no Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Conforme as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea nessas cinco regiões. Os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná.

São cerca de 120 policiais federais que cumprem 21 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Em São Paulo, durante as buscas, a PF apreendeu joias, dinheiro em espécie guardado em um cofre, celulares, uma moto e um carro de luxo.

Moro se manifestou nesta manhã, pelas redes sociais, falando sobre a operação e disse que comentará o tema na tribuna do Senado.

“Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do Senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu o ex-juiz.

À época em que Moro era ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, houve a transferência de lideranças do PCC para presídios federais.

A operação foi batizada “Sequaz”. De acordo com a PF, o nome da operação faz referência “ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém”. O termo foi utilizado em razão do “método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas”, diz a corporação.

O ministro da Justiça, também foi às redes sociais comentar as prisões. “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha”, escreveu Dino, sem citar Moro.

(*) Com informações da Agência Estado

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