Manaus, 17 de maio de 2024
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Cidades

PGR investigará irregularidades na aplicação do Pnae em Manaus

PGR investigará irregularidades na aplicação do Pnae em Manaus

Os repasses do Pnae são feitos para alimentar instituições de ensino fundamental, educação indígena, creches e pré-escolas - Foto: Agência Brasil

A Procuradoria Geral da República no Amazonas apura, através de inquérito civil público, possíveis irregularidades na aplicação de recursos destinados à Prefeitura de Manaus, via Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os repasses foram feitos em 2014 e 2015 e somam R$ 41,1 milhões, conforme informações disponíveis no portal de liberações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fnde).

desvio de recurso

Os repasses do Pnae são feitos para alimentar instituições de ensino fundamental, educação indígena, creches e pré-escolas – Foto: Agência Brasil

A portaria n° 22, de 24 de abril de 2018, foi publicada na edição desta sexta-feira, 27, do Diário Eletrônico do Ministério Público Federal (MPF). A investigação será conduzida pelo procurador da República Thiago Pinheiro Correa.

No documento, ele explica que a análise já foi objeto de um outro inquérito, de n° 1.13.000.000840/2014-72, “restrito, contudo, ao ano de 2013 e tendo sido julgado pelo arquivamento em 14/09/2015”. O inquérito atual é derivado da Notícia de Fato nº 1.13.000663/2018-58. Correa solicitou ao Fnde, que é vinculado ao Ministério da Educação, que se manifeste sobre a situação atual da prestação de contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar em Manaus referentes aos dois anos analisados.

O Pnae tem por finalidade oferecer alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro), para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino.

O Pnae é fiscalizado pelos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo Fnde, além do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU). Os repasses por dia letivo para cada aluno são definidos de acordo com a etapa e modalidade de ensino, podendo variar de R$ 1,07 para creches e R$ 2 para escolas de tempo integral.

Semed

Em nota, a Semed informou que “até a presente data, não foi notificada pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre a questão. Assim que receber a notificação, a secretaria vai trabalhar, junto do seu departamento jurídico, para responder os questionamentos dentro do prazo legal estabelecido. A Semed ressalta, ainda, que os recursos utilizados são fiscalizados tanto pelo órgão de controle interno da secretaria, quanto pelos demais órgãos fiscalizadores como Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Contas da União (TCU)”.

 

Confira o documento: