
Parlamentares serão escolhidos pelas bancadas para compor a comissão especial - Foto: (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
Brasília (DF) – A Comissão especial criada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (29), será composta por 34 deputados e o mesmo número de suplentes.
Os parlamentares devem analisar o Projeto de Lei (PL) 2.858/2022, que anistia os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023.
Lira retirou a proposta da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), presidida pela deputada Caroline De Toni (PL). O projeto estava pronto e seria votado nesta terça.
Segundo o presidente, a iniciativa não pode ser usada como elemento de disputa política.
“O tema deve ser devidamente debatido pela Casa. Mas não pode, jamais, pela sua complexidade, se converter em indevido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a Mesa Diretora da Câmara”, disse Lira.
A presidente da Comissão foi avisada, na noite dessa segunda, sobre a decisão de Lira. Para a parlamentar, a retirada não diminui o esforço da CCJC, “não descansaremos enquanto não for aprovada”.
“O meu desejo é que seja aprovada o mais rápido possível no Plenário da Câmara. Todo o nosso esforço não foi em vão; nossa mobilização nos trouxe até aqui e não descansaremos enquanto não for aprovada. É urgente que façamos a verdadeira justiça e continuaremos firmes na nossa missão”, afirmou Caroline de Toni.
Com a Comissão, os deputados indicados por suas lideranças devem reavaliar todo projeto, que pode ser discutido por até 40 sessões no Plenário da Casa.
Os parlamentares do Amazonas podem compor o grupo, mas dependem do aval de suas bancadas.
Ao Portal AM1, apenas a assessoria do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) confirmou o interesse do parlamentar em compor o grupo.
A assessoria do deputado Amom Mandel (Cidadania), que compõe a bancada dos partidos: União Brasil, PP, Federação PSDB/Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD afirmou que o deputado não participará da Comissão.
O número de deputados indicados está relacionado ao tamanho da bancada. O Partido Liberal, por exemplo, possui 99 deputados federais e pode conseguir o maior número de vagas na comissão especial.
Segundo a assessoria do PL, o líder, deputado Altineu Cortês, está fazendo um levantamento dos nomes que podem preencher as vagas do partido.
LEIA MAIS
- 8 de Janeiro: presidente da CCJ pauta para votação à anistia dos presos
- Anistia a processados do 8/1 não está em discussão no Senado, afirma Pacheco
- STF forma maioria para condenar 15 réus por atos antidemocráticos de 8 de janeiro
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.