Foto: Reprodução
MANAUS, AM – O cenário para eleições presidenciais continuará polarizado entre os nomes do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) até a realização das eleições deste ano. A afirmação é do diretor da Action Pesquisas de Mercado, Afrânio Soares.
Em conversa exclusiva com o Portal AM1, Afrânio deixou claro que o país está dividido entre direita e esquerda e que, dificilmente, uma terceira via consiga superar os dois pré-candidatos à Presidência da República.
De um lado, Bolsonaro, que busca a reeleição e tem muitas falas polêmicas ao longo de seu mandato, além de investigações e por outro, Lula, que tenta voltar à cadeira presencial após mais de 12 anos com muitas polêmicas de seu governo e do governo petista, incluindo diversos escândalos de corrupção.
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“Vai continuar; está polarizado. A terceira via vai fazer um bom papel, mas não acredito que seja muita coisa, pelo menos até agora. Pode acontecer algo, sim, se algum fato novo bombástico acontecer, pode. Se for no rumo normal das coisas, duvido! Porque está polarizado”, afirmou o cientista político.
Ressureição
A polarização, segundo Soares, se deu pela “ressurreição” de Lula e pela baixa no nome dos demais candidatos.
“A ressureição do Lula fez esse contraponto e aí você tem o país dividido mesmo. Quem vota no Bolsonaro odeia o Lula e quem vota no Lula odeia o Bolsonaro. Tem, em ambos os lugares, gente que não simpatiza totalmente com o ‘A’, mas odeia o ‘B’ e, por isso, está votando no ‘A’, entendeu? Não está acontecendo um descarrego desses que não são eleitores de Lula e Bolsonaro, mas que odeiam Lula e Bolsonaro, indo para Sergio Moro ou para algum outro candidato. Não tô [sic] vendo acontecer isso, apesar de que o Moro já chegou nas pesquisas com mais de 10 pontos e ‘empacou’ aí”, disse.
‘Diferentões’
Sobre Moro e Ciro, Afrânio disse que não estão conseguindo emplacar seus nomes e querem ser os “diferentões” da direita e da esquerda.
“Aí vem o Ciro Gomes, que quer ser o diferente da esquerda e o Moro quer ser o diferente da direita, e não é o suficiente para haver, digamos assim, um contingente de colocar o cara no segundo turno”, pontuou o analista, que fez outras análises para o Portal AM1, que serão publicadas nos próximos dias.
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