Manaus, 25 de abril de 2024
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Cidades

Delegado Sotero diz que é inocente e pede perdão às vítimas

Gustavo Sotero disse ter adquirido estresse pós traumático e que está vivendo à base de remédios indicados por seu médico

Delegado Sotero diz que é inocente e pede perdão às vítimas

Delegado Gustavo Sotero pediu perdão às vítimas e disse que está sofrendo muito. (Foto: Márcio Silva/Amazonas1)

O delegado Gustavo Sotero disse que é inocente e pediu perdão a todas as vítimas que foram atingidas por seus disparos naquela noite. “Triste e arrependido pelo o que aconteceu naquela noite”, declarou o delegado, ainda durante o terceiro dia de julgamento,  no Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis, na zona Centro-Oeste de Manaus.

“Tudo aquilo foi uma grande tragédia eu estou sofrendo muito, minha família também está e sei que a família da Fabíola e do Wilson estão”, completou Sotero, em prantos para seu advogado, Cláudio Delladone.

O delegado disse ter adquirido estresse pós traumático e que está vivendo à base de remédios indicados por seu médico.

“Julguem por justiça”

O advogado de defesa, Cláudio Delladone, perguntou se Sotero teria um pedido a fazer para os sete jurados populares presentes na audiência e o delegado se dirigiu aos membros do júri.

“Eu estou sofrendo muito preso há dois anos, tenho quatro filhos e uma mãe que estão aqui fora”. “Não sou terrorista e não persegui o Wilson”.

“Eu quero dizer que eu estou muito arrependido e triste, e que aquilo o que aconteceu não quero que aconteça com ninguém. Que vocês julguem por justiça e não por ser algo midiático”, completou Sotero, finalizando seu depoimento para a defesa.

O réu, chorando, disse que sua vida foi por água abaixo. “O meu corpo agiu de forma reflexiva e instintiva” devido às agressões que sofreu.

Divergência

Sotero contradiz o depoimento de Diego da Silva dos Santos, chefe de segurança da casa noturna, que afirmou que ele (delegado) teria se direcionado ao funcionário pedindo para ser retirado do local, pois corria perigo ali.

O delegado disse ter sido hostilizado ao sair em direção do estacionamento com Diego. “As pessoas gritavam ‘mata ele’, ‘pega ele’”, contou, lembrando que estava preocupado em sair logo do local.

De acordo com o depoimento, Diego, que estava no fundo do salão principal da casa, quando ouviu os disparos atendeu à ocorrência imediatamente. Neste momento ele teria identificado que o autor seria Sotero e o protegeu.

OAB

O advogado de defesa Delladone exibiu um vídeo em que aparecia Marco Aurélio Choy, presidente da OAB-AM, pedindo ajuda de toda a categoria em apoio e justiça ao advogado Wilson.

Em resposta, Sotero disse que toda a cúpula da OAB estava contra ele e foram para delegacia pressionar para saber esclarecimentos sobre o ocorrido no dia seguinte à fatalidade.