Perito analisou vídeos do caso (Foto: Antônio Mendes/Portal Amazonas1)
O crime que vitimou o advogado Wilson Justo Filho, em 25 de novembro de 2017, vai tomar novos rumos a partir de amanhã, 29, com o início do julgamento de Gustavo Sotero. Nesta segunda-feira, 28, o assistente técnico e perito criminal, Ricardo Molina, contratado pela acusação, deu mais detalhes sobre o caso.
De acordo com Molina, o delegado Gustavo Sotero, acusado de homicídio e tentativa de homicídio, perseguiu Wilson Filho na boate, localizada na zona Oeste, onde ocorreu o assassinato, com a intenção de matar e não de se defender, como alegam os advogados do policial.
Três atos foram analisados nas imagens de segurança e, para o perito criminal, não há nenhum sinal de ‘legítima defesa’, pois o delegado desferiu cinco tiros em segundos. Em certo momento, Sotero persegue Wilson pela boate.
“Não há nenhuma caracterização de legítima defesa. Houve o soco, é claro, mas a reação é desproporcional e não foi motivada por uma outra agressão. Você pode ver o vídeo diversas vezes e observar que o Sotero vai para um lado e Wilson para outro, então não há essa agressão continuada. Quando ele vê o Sotero atirando, ele automaticamente levanta o braço para se defender”, diz Molina, que ainda completa que “não restam dúvidas de que ele será condenado”.
Antecipado pela reportagem do Amazonas1 na última sexta-feira, 25, os advogados de acusação revelaram que acreditam que o resultado do júri será pela condenação de Sotero. A advogada Catharina Estrela, em entrevista à imprensa, destacou que o vídeo em 3D, divulgado pela defesa de Gustavo Sotero, omite algumas informações.
“O vídeo divulgado em 3D pelo advogado, que inclusive, está juntado aos autos, camufla dois momentos: a primeira posição que ele mostra (momento após o murro), ele mostra a base das pernas do Sotero, quando levanta, paralelas, o que há indicação que não há ataque. Só que, quando ele passa à cena seguinte, e coloca, dizendo que Wilson está em ataque com o braço, se você observar a base de Sotero, ele está em posição de ataque. As pernas não estavam paralelas e eles não apontam isso”, destacou a advogada, alegando que a defesa manipulou o vídeo.
(*) Matéria em atualização
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