O tenente Erivelton de Oliveira Hermes e o cabo Francisco Adson Bezerra Rocha, tiveram a prisão preventiva decretada, no último sábado, 27, e se apresentarão espontaneamente, na próxima quarta-feira, 31, ao Batalhão de Choque. Eles são investigados pela morte do adolescente Hering Silva Oliveira, 15, atingido com um tiro nas costas, no último dia 25, durante abordagem na Mini Vila Olímpica do Santo Antônio, zona Oeste de Manaus. Segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Amadeu Soares, um exame de balística apontará se o tiro que atingiu o jovem, saiu da arma de um dos policiais, que deverá responder por homicídio, em caso de comprovação.
Amadeu Soares, secretário de Estado de Segurança Pública
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Cláudio Silva, eles foram afastados das ruas e desenvolvem apenas atividades administrativas, desde o ocorrido. A polícia informou que o PM Erivelton já assumiu a autoria do tiro. Durante o incidente, o cabo Hadson dirigia a viatura policial.
O delegado-geral adjunto, Ivo Martins, explicou, durante coletiva à imprensa, nesta terça-feira, 30, que eles só serão detidos na próxima quinta, em função do calendário eleitoral, que ainda está vigente e prevê prazos legais para a realização de detenções desse tipo.
“Quando a polícia atua de forma gloriosa, tem que ser reconhecida. Mas quando atua de forma errônea, tem que ser investigada”, frisou. As prisões foram decretadas após um resultado da perícia apontar para ausência de vestígios de pólvora nas mãos da vítima, mesmo uma arma tendo sido apresentada como evidência pelos policiais, na ocasião do registro da ocorrência.
Herind Silva Oliveira foi morto após uma abordagem policial, quando estava no local, com outros sete adolescentes. Após a morte, familiares e amigos promoveram uma manifestação em frente ao 5o Distrito Integrado de Polícia (DIP), na zona Oeste, pressionando por providências acerca do caso.
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