Manaus, 26 de abril de 2024
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Política

‘Cotão’ dos senadores do AM custou mais de R$ 626 mil ao contribuinte em 2020

Devido à pandemia do novo coronavírus, o Congresso Nacional implementou as sessões remotas e conseguiu realizar 13 reuniões ao longo do ano passado, sendo quatro sessões solenes e nove deliberativas.

‘Cotão’ dos senadores do AM custou mais de R$ 626 mil ao contribuinte em 2020

Foto: reprodução

Em 2020, os três senadores do Amazonas usaram mais de R$ 626 mil da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), conforme apurado pelo Portal AM1 no Portal da Transparência do Senado Federal. No ano anterior, esse gasto chegou à cifra de R$ 1,3 milhão do benefício – o segundo maior entre os parlamentares da Região Norte; queda ocorreu devido à pandemia da covid-19.

A maior parte dos gastos de Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério (PSDB) foi com serviços de apoio parlamentar e passagens. Com essas despesas, a dupla desembolsou mais de R$ 441,3 mil. Apenas o senador Omar Aziz (PSD) não declarou esse tipo de custo.

Leia mais: Senadores do Amazonas usam R$ 356,2 mil de cota parlamentar durante pandemia

Segundo os dados, Omar registou um único gasto no valor de R$ 74,9 mil com passagens aéreas, fluviais e terrestres. A cifra é bem diferente do mesmo período de 2019, quando o parlamentar consumiu R$ 188,7 mil com o mesmo serviço. Ao todo, ele gastou R$ 531 mil só naquele ano.

Já o senador Eduardo Braga liderou os gastos com R$ 312.5 mil em 2020. Boa parte desse valor – cerca de R$ 272 mil -, foi destinada para pagamentos referentes à “contratação de apoio ao parlamentar”, média de R$ 22,7 mil mensal foi gasta com esse serviço. Já outros R$ 40 mil foram usados com passagens.

Em 2019, o líder do MDB no Senado declarou ter usado R$ 519 mil com os mesmos serviços. Na ocasião, foram declarados os seguintes gastos: R$ 374 mil com apoio parlamentar; R$ 135 mil com passagens e R$ 9,8 mil com hospedagem e locomoção.

O site mostra, ainda, que Plínio Valério consumiu a quantia de R$ 238 mil da cota parlamentar, sendo o segundo senador do Amazonas que mais gastou o benefício. Ele destinou cerca de R$ 168,8 mil aos serviços de apoio ao parlamentar – uma média de R$ 14 mil por mês.

Também aparecem gastos de R$ 36,6 mil para “aluguel de imóveis para escritório político”; R$ 18,7 mil com passagens; R$ 9,5 mil com “divulgação de atividade parlamentar” e R$ 5,2 mil com “locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis”.

No primeiro ano de atuação no Senado, Plínio declarou ter usado R$ 296,9 mil do Cotão parlamentar. Na época, os maiores gastos foram com apoio parlamentar (R$ 165 mil); passagens (R$ 81 mil) e aluguel de imóveis (R$ 32 mil).

Nenhum dos senadores do Amazonas usou o auxílio-moradia em 2020. Devido à pandemia do novo coronavírus, o Congresso Nacional implementou as sessões remotas e conseguiu realizar 13 reuniões ao longo do ano passado, sendo quatro sessões solenes e nove deliberativas.