Foto: divulgação
No mesmo dia em que o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) autorizou a continuidade nas investigações feitas pela Comissão Parlamentar de Investigação, a chamada ‘CPI da Saúde’, o partido dos Progressistas (PP) anunciou que a legenda não irá ter representantes nela devido “excesso de Fake News” que causou “distorções” em seu trabalho.
“O partido Progressista em nenhum momento pediu suspensão dos trabalhos da CPI. Ocorre que esta distorção de objeto e de argumento, tornou a CPI, que mesmo inicialmente não fosse politicagem, em um movimento politiqueiro e tirou um pouco do mérito de trabalhos dos colegas que já iniciaram e, estão no decorrer das investigações”, afirmou a deputada Mayara Pinheiro ao comunicar sua desistência de compor a Comissão.
De acordo com a presidente da Comissão de Saúde na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), as notícias falsas prejudicaram o foco principal da CPI, que busca apurar desvios na pasta da saúde do Estado nos últimos 9 anos.
“Já que não é para ajudar eu prefiro abrir mão, devido essas ‘fake news’ e essas distorções que partiram até de gabinetes de outros políticos. Isso tirou o real foco da investigação do porte que é uma CPI na Casa e se tornou uma arma de politicagem contra os outros deputados”, reforçou.
Com a desistência de Mayara, o líder do Progressistas na Aleam, deputado Belarmino Lins apontou o colega de legenda Álvaro Campelo como possível representante do PP na Comissão de Inquérito.
“Eu agradeço a indicação, mas na condição de vice-líder do Governo do Estado na Casa Legislativa eu não quero que paire nenhuma dúvida e interpretações equivocadas da minha atuação na CPI”, pontuou Campelo ao também declinou da indicação.
Diante do posicionamento dos parlamentares, Belarmino lembrou que a participação da melhor idade na CPI da Saúde já está contemplada com o deputado Serafim Corrêa (PSB) e informou que o Progressistas não teria represente na Comissão.
“Antes que a Justiça se manifeste sobre o fato de o partido poder ou não trocar nomes com relação à CPI, comunico que os progressistas desistem da composição da Comissão, porque eu não serei usado como mais velho para compor-la”, disse.
O parlamentar destacou, ainda, as normas do Regimento Interno da Assembleia Legislativa de igualdade partidária, para que a CPI da Saúde não “transforme-se numa CPI de chapa vermelha, formada só por parlamentares de oposição”. Por fim, ele repudiou as “matérias levianas” que circulam nas redes sociais contra os parlamentares do PP.
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