Manaus, 26 de abril de 2024
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Política

Governo do AM articula compra consorciada de medicamentos

O consórcio foi criado com o objetivo de desenvolver os nove estados que compõem a Amazônia Legal, além de ampliar a competitividade e sustentabilidade

Governo do AM articula compra consorciada de medicamentos

Foto: Diego Peres/Secom

O secretário de Saúde (Susam), Rodrigo Tobias, participa de reuniões nesta quarta-feira, 29, em Brasília, para definir a modalidade de compra coletiva de 15 medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) para os estados que compõem o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal.

A participação do Amazonas na compra de medicamentos por consórcio foi anunciada pelo governador Wilson Lima (PSC) durante o 18ª Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em agosto de 2019, em Palmas (TO).

O consórcio foi criado com o objetivo de desenvolver os nove estados que compõem a Amazônia Legal, além de ampliar a competitividade e sustentabilidade com programas e projetos considerando os aspectos comuns entre eles.

“Estamos avançando neste trabalho de cooperação e, no caso dos medicamentos, vamos aumentar a escala de compra e ter uma economia que pode chegar a 30% inicialmente. As equipes técnicas dos estados membros do consórcio já estão trabalhando nisso, elencando itens que são prioritários e que vamos comprar no mercado com um preço mais em conta”, disse Wilson Lima.

Tobias disse que desde agosto muitos avanços aconteceram e agora vem a etapa mais importante, que é a definição do modelo de compra.

“As reuniões de agora têm esse objetivo de como organizar, quais são os processos e os procedimentos dessa compra para que esses medicamentos cheguem a todos os estados e façam a distribuição devida”.

A primeira reunião será para discutir a modalidade de compra centralizada com representantes do Consórcio Brasil Central (BrC), que realizam esse processo de elaboração de ata de registro de preço diretamente e já alcançaram uma economia de 30%.

“A modalidade centralizada pressupõe pegar todo o arcabouço jurídico organizativo do consórcio que já existe, que tem um conselho deliberativo, tem um conselho diretor, tem um setor de compras e ele que tem uma autonomia possa, então, fazer a compra desses medicamentos em nome de todos os estados da região amazônica”, disse Tobias.

Dentre as vantagens da compra centralizada, segundo o relatório técnico da coordenação de assistência farmacêutica da Susam, estão prazo de entrega de 20 dias; o uso da estrutura administrativa e de pessoal do próprio consórcio para organização de todo o processo licitatório; maior garantia de pagamento ao fornecedor; além de aplicação de punições ao fornecedor seguindo uma única diretriz.

De acordo com o secretário de saúde, a segunda alternativa é a modalidade compartilhada, utilizada pelo Consórcio Nordeste, na qual é realizada uma ata de registro de preço por apenas um estado e, a partir da anuência legislativa dos demais, é feita a adesão e a compra é efetuada por todas as unidades federativas que compõem o consórcio.

Na modalidade compartilhada, o prazo de entrega em cada local são de 30 dias, há a possibilidade de economia em escala e os critérios de pagamento aos fornecedores seguem a lógica já aplicada atualmente em cada estado consorciado.

O secretário disse ainda que a segunda reunião, em Brasília, será com o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, para decidir qual dos dois modelos será adotado para a aquisição dos medicamentos.

(*) Com informações da Assessoria