Foto: Montagem AM1
MANAUS, AM – Nessa quarta-feira (26), a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) informou que o Amazonas entrou na fase vermelha, ou seja, risco alto na transmissão da covid-19.
A taxa atingiu 2,04, o que significa que cada 100 infectados podem transmitir o vírus para outras 204 pessoas.
Seguindo o planejamento estabelecido no Plano de Contingência para o enfrentamento da pandemia, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) tem reorganizado a rede de assistência à saúde para atender à demanda de pacientes de Covid-19.
O que diz o especialista
O médico infectologista Nelson Barbosa, entrevistado pelo Amazonas1, nesta quinta-feira (27), disse que a população ainda está ”pagando para ver”, e que o estado corre um grande risco de colapso na saúde.
Nelson Barbosa da Silva é médico infectologista, formado há 22 anos. É médico Assistencial na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto.
“O pico máximo atingido foi de sexta-feira (21) para sábado (22), em que nós tivemos mais de 8.300 novos casos de Covid. A população está em um certo grau de ‘pagar para ver’, afirmou Barbosa.
O infectologista explicou como funciona a variante Ômicron.
“A Ômicron é uma variante muito transmissível, mas que, nas pessoas vacinadas, não causa um quadro grave, ela causa um quadro grave nas pessoas não vacinadas e nas pessoas que não completaram seu esquema vacinal, por isso, está deixando essa tranquilidade”, disse.
“Nós, médicos, alertamos o seguinte: pode haver um colapso no sistema de saúde sim, porque a gente tem mais ou menos uma média de a cada dez casos, um é internado. Ou seja, em mil casos, cem serão internados, então, daqui a pouco não teremos leitos nem de enfermaria para internar essas pessoas”, afirmou Nelson.
Em referência à fase vermelha, Nelson Barbosa explica que é uma pré-fase roxa. “A fase vermelha as pessoas ainda podem sair, o comércio pode funcionar normalmente, mas é a fase de alta transmissão. A fase roxa somente os serviços essenciais podem funcionar, entrando nessa fase, o estado decreta o lockdown!”, explicou.
Indicadores
Conforme levantamento feito pela FVS-RCP, a média móvel de casos de Covid-19 por dia, de diagnóstico, no período entre 1º e 25 de janeiro, apresentou alta de 582% nos últimos 14 dias; e de 74% nos últimos 7 dias, no Amazonas.
Além disso, o monitoramento estratégico da Covid-19, realizado pela SES-AM, mostra aumento de 481% nas hospitalizações tendo a Covid-19 como causa primária em janeiro, no comparativo ao mês de dezembro de 2021.
Em relação aos óbitos, o aumento foi de 85% nos primeiros 25 dias de 2022, quando comparado a dezembro do ano passado, conforme dados da SES-AM.
Leia mais: Amazonas registra 6.266 casos e seis óbitos por covid em 24 horas
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
