Manaus, 28 de março de 2024
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Cultura

Porta-estandarte do Garantido também deixa o Boi: ‘insultos, ameaças, e terrorismo psicológico’

'Todo dia era um insulto, uma ameaça, um verdadeiro terrorismo psicológico', desabafou Daniela Tapajós, ao entregar o item de porta-estandarte

Porta-estandarte do Garantido também deixa o Boi: ‘insultos, ameaças, e terrorismo psicológico’

Foto: Reprodução / Instagram

Manaus – O pós-festival do Boi Garantido não tem sido favorável para a imagem do bumbá. Após perder o Festival Folclórico de Parintins, a Diretoria Geral de Espetáculo (DGE) do boi vermelho e branco tem ganhado destaques negativos com a saída de itens oficiais. Desta vez, foi a vez da porta-estandarte Daniela Tapajós entregar o cargo no bumbá, e ainda fazer críticas aos membros da DGE.

Por meio das redes sociais, Tapajós anunciou, nessa terça-feira (5), que sofreu “insultos, ameaças, e verdadeiro terrorismo psicológico” ao retornar para o item de porta-estandarte. “Foram 2 anos difíceis, porém 2022 não teve comparação, junho foi o mês no qual eu mais sofri, sofri calada e quem conviveu comigo sabe o quanto eu precisei ser forte para seguir com meu ofício de defender o pavilhão do nosso amado Boi Garantido”, iniciou.

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Conhecida como “Balanço do Norte”, Danny desabafou sobre os bastidores do Boi Garantido, além de apontar ter sofrido machismo por parte dos membros do DGE. Antes de direcionar críticas para eles, a ex-item 5 do Garantido alegou que é “uma grande demagogia” o bumbá levantar a bandeira do feminismo na arena do Bumbódromo, mas fazer as próprias mulheres, fazem parte do festival sofrerem.

Foto: Reprodução / Instagram

“Todo dia era um insulto, uma ameaça, um verdadeiro terrorismo psicológico. Fui pra arena com muita dor física e esgotamento mental, pensei em desistir inúmeras vezes, queria sair gritando e ser liberta de toda injustiça que eu estava a viver, contudo, fiz uma promessa pra vocês galera vermelha e branca, foi difícil, mas eu consegui!”, disse.

Sem citar nomes, Danny Tapajós se dirigiu à DGE, a qual não responsabilizou todos, “mas a cúpula canonizada”. Segundo ela, a Direção destruiu, enganou e mentiu para os torcedores do Boi Garantido.

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“Tudo que vocês fizeram comigo é imperdoável e tenho quem testemunhe ao meu favor, pois foram pessoas que viram e ouviram absurdos ao meu respeito, e quero deixar bem claro o nojo e repulsa que eu sinto por vocês, machos escrotos”, destacou.

Por fim, Daniela Tapajós parabenizou o Boi Caprichoso pela vitória, e destacou a valorização que a diretoria do boi azul tem com os itens oficiais, especialmente as mulheres.

“Peço desculpas por não conseguir ser tão forte, e por não mais aguentar e ter que suportar tantas coisas ou mesmo dizer/fingir que estou bem. É doloroso e eu não aguentaria mais viver esse tipo de situação”, finalizou.

Mais polêmicas

Na última segunda-feira (4), o ex-levantador de toadas do Boi Garantido, Sebastião Júnior, usou as redes sociais para responder aos comentários feitos pelo presidente do boi, Antônio Andrade, que indagou motivos referentes à saída do item.

Foto: Divulgação/ Instagram

Na entrevista, o presidente afirmou que o cantor queria ser o único levantador na arena e que não aguentaria as três noites por questão de saúde. Sebastião manifestou sua indignação ao criticar todos os argumentos utilizados para a sua saída do cargo.

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Ele classificou como mentiras e ainda questionou o pagamento dos itens, que não foi efetuado após o  recebimento de R$ 6 milhões para o Festival Folclórico, além de pedir respeito e a verdade para a nação vermelha e branca.

“Eu não tenho vaidade, Antônio Andrade. Se eu quisesse ser o único, eu não teria assinado o contrato quando você me chamou. Eu fui lá e assinei, não foi por causa de você, foi por causa do meu boi, da galera, do Garantido, não entreguei meu cargo no boi por conta do Davi e do Edilson. Não venha com mentiras, presidente!” afirmou o cantor.