Em transmissão televisiva, a vice-presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, confirmou a morte do presidente John Magufuli, de 61 anos. O líder não fazia aparições públicas desde 27 de fevereiro e a oposição já levantava suspeitas sobre a saúde dele.
Segundo Samia Suluhu Hassan, que assumirá o governo em até 24 horas, ele morreu em decorrência de “problemas de longa data no coração”.
No entanto, em entrevista à BBC, Tundu Lissu, líder da oposição exilado na Bélgica, afirmou que Magufuli estava sendo tratado contra o coronavírus há uma semana, no Quênia. A declaração foi negada por Hassan, que insistiu que Magufuli estava “saudável e trabalhando duro”, na semana passada.
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O presidente iniciou o mandato de cinco anos no ano passado e era conhecido por seu negacionismo. Quando os primeiros casos de Covid-19 apareceram no país, Magufuli pediu que todos rezassem e fossem a igrejas e mesquitas. “O coronavírus, que é o diabo, não pode sobreviver no corpo de Cristo… Ele queima, instantaneamente”, afirmou o presidente.
Desde maio do ano passado, novos números da doença não são divulgados pelo país, e Magufuli anunciou que a Tanzânia estava livre da Covid-19, em junho.
Em fevereiro deste ano, no entanto, os índices de morte por pneumonia tiveram um salto, o que pode indicar que a doença ainda tem feito vítimas por lá.
A vacinação também não estava nos planos do governo, uma vez que o presidente se recusou a comprar doses e insistiu que medicamentos fitoterápicos e tratamentos alternativos eram o bastante.
*Com informações do Metrópoles
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