Manaus, 8 de maio de 2024
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Manaus, 8 de maio de 2024

Cidades

Professores ameaçam não iniciar ano letivo de 2019 por falta de benefícios

Um ato público com a finalidade de reivindicar o direito do plano de saúde deve ser realizado às 14h, em frente à sede Seduc

Professores ameaçam não iniciar ano letivo de 2019 por falta de benefícios

(Foto: Divulgação)

Professores da rede estadual de ensino ameaçam não iniciar o ano letivo de 2019. O motivo, segundo o coordenador financeiro do Sindicato dos Professores e Educadores de Manaus (Asprom), Lambert Melo, é a falta de pagamento dos serviços da operadora de plano de Saúde, que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não havia repassado o valor.

Um ato público com a finalidade de reivindicar o direito do plano de saúde deve ser realizado às 14h, em frente à sede Seduc, localizado na Rua Waldomiro Lustosa, 250, no bairro Japiim, zona Centro-Sul de Manaus.

(Foto: Divulgação)

“Vários professores do interior não conseguem fazer os atendimentos médicos, eles são informados que o plano de saúde está suspenso por falta de pagamento. Se o plano de saúde acabar, o ano letivo de 2019 não vai iniciar.”, afirmou Lambert.

Conforme o representante da Asprom, a Seduc alega ter repassado o valor cobrado pela operadora e que neste fim de ano, o contrato está em dias. Segundo o sindicalista, a secretaria de educação informou que faz a renovação do contrato a cada 12 meses e está tudo certo com a operadora.

“Essa justificativa perdeu totalmente o sentido e se tornou inverdade, visto que, os professores e outros servidores da Seduc afirmam que não têm nenhuma pendência junto a empresa e também estão sentindo dificuldades para marcar consulta, fazer exames e serem atendidos em Pronto-Socorro. A Seduc diz ter prorrogado o contrato com o Hapvida por 12 meses, mas admite para o outro sindicato que houve algum problema de repasse do pagamento. A realidade é que estão mentindo para nós”, conta o sindicalista.

Sinteam

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou que os professores e demais funcionários da Secretaria Estadual de Educação estão sem atendimento no plano de saúde. O plano alega falta de pagamento por parte da secretaria. O sindicato informou que está cobrando uma resposta e a retomada do atendimento.

De acordo com o sindicato, o professor Antonio Carlos Moraes mora em Eirunepé, mas faz tratamento em Manaus e está acamado dependendo de exames para continuar seu tratamento. “Além do baque psicológico, tem prejuízo material. Ninguém vai arcar com prejuízo do servidor”, disse a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues.

“Estivemos na Seduc no dia 8 porque o atendimento estava suspenso. Nos prometeram resolver no dia 10. Disseram que fariam o pagamento. Semana passada suspendeu novamente. Só vamos sair daqui com uma resposta concreta”, disse a presidente do sindicato.

Segundo a presidente do sindicato, a Seduc está jogando responsabilidade para a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). A sindicalista disse que o secretário titular da Seduc informou que ele está na Sefaz tentando resolver a situação.

Ana Cristina Rodrigues disse que a professora Aldineia Duarte, 54, é paciente renal e está desesperada porque precisa fazer hemodiálise. Já procurou a Susam e não conseguiu atendimento.
“Se a situação do pagamento não for resolvida hoje, pacientes internados serão transferidos. “Só não se sabe para onde”, afirma Ana.

Seduc

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino informou que autorizou o pagamento na semana passada, mas a Sefaz não efetivou o pagamento ainda e a pasta vem tentando durante vários dias a liberação junto à Secretaria de Fazenda. Sobre alguns problemas no atendimento a pasta já contatou a operadora para solucionar as questões.